sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Papa nomeia enviado para cristãos do Iraque

 

 

  O papa Francisco nomeou nesta sexta-feira (8) o cardeal Fernando Filoni como enviado especial da Santa Sé ao Iraque, com o objetivo de demonstrar proximidade aos cristãos que estão sendo vítimas dos confrontos e perseguições no país e no Curdistão.   
Filoni viajará nos próximos dias e visitará as regiões mais atingidas pelos confrontos. Milhares de cristãos já tiveram que deixar o Iraque fugindo de jihadistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês). "Mas ainda é cedo para dizer quando ele partirá e qual será o itinerário. Estamos preparando a missão", comentou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi. Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, de 2001 a 2006 exerceu o cargo de núncio apostólico na Jordânia e no Iraque. Ele também foi o único representante diplomático que ficou no país durante toda a guerra.
"É uma pessoa qualificada para esta nova missão, tanto por seu conhecimento de área, como pela sua autoridade", acrescentou Lombardi. De acordo com o Vaticano, Filoni poderá levar ainda uma ajuda financeira para as populações atingidas. "Esta é uma mobilização desejada pelo Papa, diante da grave emergência em curso", disse Lombardi.   
Nos últimos dias, Francisco fez constantes apelos de paz para os cristãos no Iraque, que estão sendo obrigados a deixarem suas casas devido às ações do Isis. Nesta sexta-feira, o Pontífice voltou a falar sobre o assunto, em seu perfil oficial no Twitter. "Peço a todos os homens de boa vontade para se unirem às minhas orações pelos cristãos iraquianos e por toda comunidade perseguida", escreveu o Papa.
O Isis declarou a criação de um califado em territórios sírios e iraquianos. O grupo tem despertado atenção da comunidade internacional devido à violência em seus ataques. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou ataques aéreos sobre alvos do Isis no Iraque, mas negou que enviará tropas ao território. O Isis é composto majoritariamente por muçulmanos sunitas, que nos últimos anos alegam terem sido marginalizados pelo governo iraquiano,

Nenhum comentário:

Postar um comentário