sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Dinastia tailandesa Chakri continua a reinar naTailândia


A profecia que previa o fim da dinastia Chakri com a morte do rei Bhumibol Adulyadej, Rama IX, falecido no último mês de Outubro, não se cumpriu e a proclamação a semana passada do seu filho Vajiralongkorn como seu sucessor com o nome de Rama X demonstrou que era errônea.
Os especialistas não estão de acordo sobre a origem deste augúrio, que a maioria dos tailandeses escutou alguma vez na sua vida e que apregoava que a dinastia acabaria com o seu nono monarca, que foi Bhumibol, que reinou com o nome  de Rama IX.
Uma versão anónima remonta o prognóstico ao salvores desta dinastia, no final do século XVIII. Chao Phraya Chakri, então general do rei Thaksin, conspirou contra o seu senhor e, após um golpe palaciano, foi coroado como Rama I em 1782.
Segundo esta interpretação,  Thaksin abdicou e retirou-se para viver os seus últimos dias como monge num mosteiro budista, cujo abade previu que a dinastia nascente terminaria com o nono soberano da estirpe. Mas esta não é a única profecia sobre a dinastia Chakri dos tailandeses, que são um povorico em superstições como a de nunca colocar os pés acima da cabeça ou a conveniência de cortar o cabelo às quartas-feiras.
À linhagem Chakri atribui-se a autoria do augúrio de que a dinastia duraria 150 anos, e alguns acreditam que a previsão se cumpriu porque a monarquia absoluta na Tailândia caiu em 1932 para abrir passagem, alguns anos mais tarde, à monarquia parlamentar.
Uns sustentam que o próprio Rama I pronunciou essa predição no seu leito de morte e outros concedem o poder de vislumbrar o futuro à sua irmã Narinthewi.
Há, inclusive, quem diga que a princesa foi extremamente detalhista: garantiu que a dinastia cairia em 6 de Abril de 1932. Alguns pensam que essa profecia também quase se cumpriu porque a monarquia absoluta tailandesa terminou em 6 de Junho de 1932, numa época de grandes mudanças políticas e sociais que levaram Rama VII a abdicar três anos mais tarde. Os cambojanos, grandes rivais dos tailandeses, apegam-se a outra profecia que alguns acreditam que ainda se cumprirá após a morte de Bhumibol Adulyadej, e que fala da  destruição do reino de Siyam (antigo nome da Tailândia).
Esse augúrio anuncia que o Camboja perderá  o sul, Phnom Penh será destruída, Bangkok  cairá e Angkor - antiga capital do império khmer, que se estendeu no país vizinho do século IX ao XV -, recuperará o seu esplendor.
A primeira parte do presságio cumpriu-se quando a França estabeleceu o Vietname do Sul com parte do território cambodjano em 1949. O segundo enunciado pressentia o regime de terror do Khmer Vermelho de Pol Pot, que desde que chegou ao poder em 1975 esvaziou  as cidade se decretou deportações maciças parao campo em condições subhumanas em prol de uma sociedade agrária socialista.
Falta tornar-se realidade o presságio da queda de Bangkok e o retorno da prosperidade e a paz a Angkor, cujas ruínas são uma das jóias arqueológicas do Sudeste Asiático.

Maha Vajiralongkorn é oficialmente proclamado rei da Tailândia

 

 

O príncipe-herdeiro Maha Vajiralongkorn foi proclamado oficialmente rei da Tailândia nesta quinta-feira, após uma declaração lida e transmitida por todas as redes de televisão tailandesas, mais de um mês depois da morte de seu pai, Bhumibol.
"Respondi favoravelmente aos desejos do falecido rei pelo bem de toda a população tailandesa", declarou o novo monarca após uma audiência com o presidente do Parlamento.
Esta proclamação encerra um período de incertezas e abre uma nova era para o reino, sem monarca desde 13 de outubro e o anúncio da morte de Bhumibol Adulyadej.
O príncipe, de 64 anos, havia surpreendido a todos ao pedir, poucas horas após a morte de seu pai, um "prazo" antes de chegar ao trono.
Para celebrar a ascensão ao trono do novo rei, cujo nome será Rama X, os templos do país fizeram soar seus tambores e gongos após a proclamação oficial no fim da tarde.
O novo rei não será, no entanto, coroado imediatamente. A cerimônia só pode ser realizada após a cremação de Bhumibol, que certamente não será realizada em menos de um ano.
O príncipe passava até agora a maior parte do tempo na Alemanha. E sua personalidade, aparentemente imprevisível, é alvo de debate, inclusive entre conselheiros do palácio e generais no comando do governo, segundo analistas.
Sua imagem contrasta com a de seu pai. O falecido monarca, que reinou por 70 anos, era considerado o "pai da nação" pelos tailandeses, que o veneravam. Sua figura foi forjada durante décadas de propaganda, apoiada por uma lei muito rígida contra os crimes de lesa majestade.
Os poucos meios de comunicação, incluindo internacionais, citam esses casos com certa auto-censura, temendo cair na lei: as acusações, prisões e condenações podem ser relatadas, mas detalhar as acusações pode ser considerado uma violação da lei.
País ainda em luto
O último golpe de Estado no país, em maio de 2014, foi realizado em nome da salvaguarda da monarquia por um exército ansioso para alcançar o cenário político com a aproximação da sucessão, em um reino muito dividido politicamente.
Desde que chegou ao poder, os processos judiciais aumentaram e as penas decretadas têm sido mais pesadas. Em meados de novembro, uma mulher tailandesa foi condenada a 150 anos de prisão por lesa-majestade.
Até então, a regência foi assegurada pelo conselheiro real mais influente, Prem Tinsulanonda, de 96 anos, líder da velha guarda conservadora, que deve permanecer forte se o príncipe decidir reinar à distância, a partir da Alemanha.
Dois polos irreconciliáveis se enfrentam há mais de uma década: os ultra-realistas de um lado e os partidários de Thaksin e Yingluck Shinawatra (ex-primeiros-ministros derrubados pelo exército em 2006 e 2014).
Esta quinta-feira, 50º dia de luto, foi marcado por grandes cerimônias budistas no Grande Palácio de Bangkok, onde o corpo do rei descansa, presididas por seu filho.
De acordo com a junta militar no poder, um milhão de pessoas visitaram nas últimas semanas a Sala do Trono para reverenciar o falecido.

Arábia Saudita elevará gastos em 2017 após reduzir déficit orçamentário

 

 

O governo planeja gastar 890 bilhões de riais sauditas (US$ 237,33 bilhões) em 2017, um crescimento de 8% na comparação com os 825 bilhões de riais deste ano, afirmou o Ministério das Finanças. O governo espera receita de 692 bilhões de riais no próximo ano, o que o levará a ter um déficit de 198 bilhões de riais. Isso ainda é menor que o déficit estimado de 297 bilhões de riais neste ano e do recorde de 366 bilhões de riais de 2015.

O déficit orçamentário menor é uma indicação inicial de que as ambiciosas reformas econômicas da monarquia adotadas ao longo do ano passado geram resultados positivos para manter as finanças públicas sob controle.

A receita com petróleo gerou 62,3% das receitas do governo em 2016, abaixo dos 73% de 2015. As receitas que não com o petróleo devem totalizar 199 bilhões de riais neste ano, ainda longe da meta estabelecida em junho de 530 bilhões de riais (US$ 141,3 bilhões) até 2020.

O Ministério das Finanças disse que o orçamento de 2017 inclui um pacote de financiamento - A Arábia Saudita planeja elevar seus gastos em 2017 para estimular o crescimento econômico, após medidas de austeridade ajudarem a reduzir o déficit neste ano. O Ministério das Finanças do reino divulgou seu orçamento para o próximo ano nesta quinta-feira. para promover o crescimento do setor privado

Grã-Bretanha pode perder mais uma 'joia da coroa'


  O primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull se manifestou publicamente a favor da introdução da forma republicana de governo no país, segundo ele, numa altura certa. Segundo a televisão australiana ABC, Turnbull afirmou no congresso do Movimento Republicano da Austrália que o país pode se tornar uma república. "Nós não temos outra motivação que não seja o amor pelo país… Dizemos a nós mesmos que estamos unidos, que somos australianos e que nosso chefe de Estado deve ser um de nós", disse Turnbull. 
KIRK Rei dos mares não volta mais? Grã-Bretanha tem número de navios 'catastroficamente baixo' Entretanto, o primeiro-ministro destacou que é preciso esperar até ao fim do reinado de Elizabeth II e assegurar o apoio popular. "Não creio que os australianos aceitem mais um referendo público durante o reinado [de Elizabeth II]", afirmou Turnbull. A afirmação do primeiro-ministro foi criticada por uma série de rivais políticos, incluindo os liberais, que avisaram que o tema de tornar a Austrália em uma república poderá ser a "morte política" para Turnbull, segundo a ABC. A Austrália pertence aos países da Comunidade das Nações que têm como chefe a rainha britânica Elizabeth II.