Lobsang Sangay, jurista de 43 anos formado na Universidade de Harvard, fez o juramento no centro espiritual de Dharamsala, no norte da Índia onde está situada a sede do governo tibetano no exílio. A cerimónia foi presidida pelo Dalai Lama.
Trata-se de uma mudança histórica porque, pela primeira vez, a política tibetana não será governada por um líder religioso. A transição corresponde ao desejo expresso de Dalai Lama, de 76 anos, de abandonar as funções políticas e se concentrar apenas no papel de líder espiritual dos budistas tibetanos.
Sangay foi eleito primeiro-ministro numa eleição em Abril, na qual participaram dezenas de milhares de tibetanos exilados.
O novo primeiro-ministro já afirmou que irá manter a mesma linha do antigo líder político em relação à China: não pede a independência do Tibete mas exige que as autoridades de Pequim concedam à região um estatuto mais autónomo, respeitando a liberdade religiosa e os direitos humanos dos tibetanos.
Cerca de três milhões de pessoas vivem na Região Autónoma do Tibete, governada pela China desde 1951.