As famílias reais ainda encantam os plebeus. De todas elas, a do Reino Unido é a que mais fascina
Em
toda a história da humanidade, os reinados sempre foram objeto de
admiração dos súditos. Esse encantamento que a realeza provoca nos
plebeus reflete-se tanto no universo infantil como no imaginário dos
adultos. Nos contos de fadas, reis, rainhas, príncipes e princesas são
personagens cercados de magia. Fora da ficção, essa conotação glamourosa
também é cultuada. Isso porque, até os dias de hoje, as famílias reais
de tradicionais monarquias que existem em várias partes do mundo, ainda,
são alvo de grande fascinação.
Rei Juan Carlos assumiu o trono da Espanha em novembro de 1975. Esse ano, completou 50 anos de casado com a Rainha Sophia
Hoje,
em pleno século 21, há no mundo, aproximadamente, 40 países onde o
regime político é a monarquia, o que representam aproximadamente 20% das
nações do mundo. Em sua maioria, são monarquias constitucionais
parlamentaristas. São campeãs nos índices que nos mostram o padrão de
conforto e desenvolvimento.
Nas monarquias constitucionais, o rei
ou a rainha têm sua atuação restrita pela Constituição nacional que
impede atitudes absolutistas. Por isso, a maioria desses países é
comandada de fato por um primeiro ministro e o rei ou rainha são meras
figuras decorativas. O exemplo mais conhecido é o da rainha Elizabeth
II, da Inglaterra, uma peça simbólica que vale mais como representação
da nação do que como símbolo do poder.
A
Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, ocupa o trono inglês há 60 anos e
mantém intacta sua imagem , apesar das crises familiares
Mesmo
nos países onde as monarquias foram abolidas, ter esta ascendência é
símbolo de status social, de riqueza e de tradição. Portanto, os
herdeiros de soberanos desfrutam desde o nascimento de uma posição
sócioeconômica-cultural privilegiada. Nas Américas, existem dez
monarquias parlamentaristas, já que são ex-colônias britânicas e,
portanto, têm na chefia de Estado a Rainha Elizabeth II do Reino Unido. A
maior delas é o Canadá.
Hoje, na Europa, existem ainda sete
reinos (Reino Unido, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Espanha,
Bélgica), três principados (Liechtenstein e Mônaco, sendo Estados
independentes, e Gales, incorporado no Reino Unido), um ducado (Ilhas do
Canal, do Ducado da Normandia), um Grão-Ducado (Luxemburgo), e um
Estado soberano como cidade-estado (Cidade do Vaticano). Além disso, há o
caso peculiar de Andorra (em que o Bispo de Urgel e Presidente da
França são co-príncipes).
Reino Unido
Das
monarquias atuais, a do Reino Unido é a mais badalada, estando na mira
dos holofotes dos paparazzi e da mídia internacional. Apesar de todos os
escândalos familiares - o maior deles foi a separação do Príncipe
Charles e Lady Diana -, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, é uma
soberana respeitada em todo o mundo e mantém a popularidade em alta
entre seus súditos. Ela ocupa o trono inglês há 60 anos.
Para
superar o recorde absoluto do mais longo reinado da história britânica -
de 64 anos, da rainha Vitória -, precisa permanecer no trono até 9 de
setembro de 2015. Uma possibilidade que não está fora de cogitação já
que ela parece ter herdado a saúde de ferro de sua mãe, falecida aos 101
anos, e não parece disposta a abdicar tão cedo.
Sóbria,
enfrentou com serenidade as crises familiares que abalaram o seu reinado
e mantém intacta sua imagem. Esse prestígio é atribuído ao seu papel
como protetora da monarquia constitucional inglesa. Muitos cidadãos a
consideram uma instituição britânica. Nascida no dia 21 de abril de
1926, a princesa Elizabeth de York era a terceira na sucessão do trono
da Inglaterra. Tinha poucas chances de se tornar uma rainha. Mas a
abdicação ao trono do seu tio, o duque de Windsor, em 1936, e a morte do
seu pai, o sucessor do trono, transformaram para sempre a vida da jovem
princesa. Em 1947, aos 21 anos, casou-se com Philip de Mountbatten, um
primo distante. Ao que parece, foi um casamento por amor.
Um ano
depois do casamento nasceu o primeiro filho do casal, o príncipe
Charles, herdeiro do trono da Inglaterra, seguido por uma menina, a
princesa Anne, em 1950. Aos poucos, a rainha começa a preparar sua
sucessão. Ela não está se retirando da vida pública, mas apenas
adaptando seus compromissos à sua idade. Gradativamente, o príncipe
Charles começa a se responsabilizar por alguns deveres oficiais de sua
mãe, como parte de uma estratégia de aproximação gradual do trono.
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