A polícia e cidadãos voluntários mobilizaram fortes medidas de segurança em torno de várias mesquitas do Bahrein durante a reza desta sexta-feira, em meio ao temor de novos atentados como os cometidos recentemente na Arábia Saudita e no Kuwait.
Policiais armados e voluntários cercaram as mesquitas e realizaram inspeções nas entradas dos templos com detectores de metais.
O medo de atentados se junta às cada vez mais constantes ameaças feitas à comunidade xiita do Bahrein pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que também já ameaçou o governo e os interesses ocidentais na ilha.
A alta tensão se refletiu na pouca participação sunita em uma reza conjunta entre xiitas e sunitas organizada nesta sexta-feira em uma mesquita xiita pela pró-governo Fundação Bareinita para a Reconciliação e o Discurso Civil.
Dezenas de sunitas recusaram fazer parte dessa oração, entre eles o ministro da Justiça e Assuntos Islâmicos, Khalid bin Ali al Khalifa, depois que salafistas sunitas classificaram a reza como "não islâmica" e pediram para que as pessoas não participassem dela.
Na sexta-feira passada, um atentado suicida reivindicado pelo EI contra uma mesquita xiita no Kuwait causou a morte de pelo menos 27 pessoas.
Além disso, no dia 29 de maio, o mesmo grupo extremista realizou outro ataque contra outra mesquita xiita na Arábia Saudita, no qual quatro pessoas perderam a vida e quatro ficaram feridas.
O reino do Bahrein - de maioria xiita, mas governado por uma monarquia sunita - é palco há quatro anos de contínuos protestos populares para pedir reformas políticas que foram reprimidas à força.
Nenhum comentário:
Postar um comentário