Até há dois dias, a cor preta representava o máximo de calor que se
imaginava possível sentir na Austrália – 50 graus Celsius. Agora, a
agência meteorológica australiana foi obrigada a adicionar duas novas
cores – rosa (54 graus) e roxo-escuro (52 graus) – devido à ardente onda
de calor que está a varrer o Sul do país e que promete manter-se por
mais alguns dias.
As temperaturas máximas têm estado acima dos 39 graus
Celsius há uma semana – um novo recorde que supera o de quatro dias
consecutivos acima daquele nível, em 1973. Na segunda-feira, os
termómetros chegaram a 48,2 graus na cidade de Oodnatta – que detém o
recorde histórico de 50,7 graus, no Verão de 1960.
Na terça-feira,
o Departamento de Meteorologia da Austrália previa que, nos próximos
dias, a temperatura pudesse ultrapassar os 50 graus. “Para melhor
entender as temperaturas que poderemos ter, adicionámos duas novas
cores”, disse Aaron Coutts-Smith, dos serviços climáticos da agência
meteorológica, citado pela agência Reuters.
Nesta quarta-feira, as
previsões foram revistas ligeiramente em baixa e, na zona onde antes se
anteviam novos recordes, as máximas estarão entre 46 e 48 graus.
O
calor, que nos últimos dias afectou sobretudo a região Sudoeste da
Austrália, deverá mover-se mais para o Centro do país nos próximos dias,
mantendo-se pelo menos até segunda-feira.
A histórica onda de
calor já provocou mais de uma centena de incêndios, obrigando à
evacuação de localidades e propriedades rurais. Pelo menos 40 estavam
fora de controlo na terça-feira e em vários pontos do país foram
lançados alertas de fogos “catastróficos”, o mais elevado na escala dos
serviços de protecção civil.
Além do calor, a Austrália está também sob um alerta de tempestades, devido ao ciclone tropical Narelle,
que está a mover-se ao largo da costa Noroeste do país. O ciclone
deverá aproximar-se da costa na sexta-feira, trazendo chuvas e ventos de
até 100 quilómetros por hora.
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