A polícia tailandesa prendeu a mãe de um conhecido ativista por não condenar mensagens que havia recebido no Facebook que continham críticas à monarquia, explicou sua defesa neste sábado.
A prisão ocorreu em um contexto de linha dura por parte da junta militar, após o referendo de 7 de agosto sobre uma nova constituição, orquestrado para que fosse aprovado.
As ações legais sob a lei contra a difamação real - conhecida como crime de lesa majestade - começaram na Tailândia há dois anos, quando os generais tomaram o poder.
Os limites do que é considerado um insulto à monarquia aumentaram consideravelmente, e as autoridades detêm todos os que fazem inclusive vagas referências à família real.
Mas os advogados especializados em direitos humanos que representam Patnaree Chankij disseram que a polícia deu na sexta-feira mais um passo ao prender esta mulher de 40 anos simplesmente por receber mensagens críticas à monarquia em um chat privado no Facebook.
"Ela simplesmente recebeu as mensagens. Não disse nada com suas próprias palavras sobre a família real", disse Poonsuk Poonsukcharoen, um de seus advogados.
A polícia negou seu pedido de fiança referindo-se à gravidade do crime, que implica até 15 anos de prisão. No dia 8 de maio deverá comparecer ante o tribunal, disse sua defesa .
Patnaree é a mãe de um proeminente ativista, o estudante Sirawith Seritiwat, que liderou pequenas, mas persistentes manifestações contra a junta militar.
Ao menos nove pessoas foram condenadas e detidas nas últimas duas semanas por criticar na internet a junta ou a monarquia.
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