Cerca de 130.000 pessoas já assinou um manifesto para que a rainha Elizabeth II, e não o Estado, pague de seu bolso a reforma do palácio londrino de Buckingham, avaliada em 450 milhões de dólares.
O pedido, dirigido ao ministro das Finanças Philip Hammond, argumenta que "a Coroa e suas propriedades deveriam financiar suas próprias reformas".
"Há uma grave crise nacional na moradia, a saúde pública está em crise, a austeridade orçamentária obriga a cortar serviços essenciais. Agora a família real espera que façamos um esforço adicional para restaurar o Palácio de Buckingham", afirmou o escritor Mark Johnson, que lançou a iniciativa.
O governo anunciou semana passada o projeto de reforma do antigo palácio, a residência da rainha em Londres, que deverá durar uma década e servirá para fazer novas instalações elétricas e de tubulação, assim como colocação de painéis solares.
O governo pediu ao parlamento a aprovação do orçamento de 458 milhões de dólares para as obras, aumentando a parte que a família real recebe do Patrimônio da Coroa (Crown Estate), que administra as propriedades reais, dos 15% atuais a 25%.
A última grande crise da monarquia britânica ocorreu em 1992, o "annus horribilis", nas palavras da rainha, quando a opinião pública se voltou contra ela por temor que o Estado custeasse a reforma do castelo de Windsor depois de um grande incêndio que danificou mais de cem cômodos.
A rainha acabou pagando 70% dos gastos mediante a abertura ao público para visitação ao palácio de Buckingham pela primeira vez.
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