Um livro do jornalista britânico
Andrew MacGregor Marshall sobre o sistema político tailandês foi
proibido de circular na região. Ao dissertar sobre a decisão, Somyot
Poompanmung, chefe da polícia do governo da Tailândia, afirma que a
publicação possui um conteúdo “difamatório” para a monarquia que vigora
no país. O autor da obra, por outro lado, reagiu com ironia.
Jornalista ironizou censura e disse que isso vale como "publicidade" ao livro
Segundo a AFP, as autoridades locais
impediram a venda e distribuição da publicação. Em nota, Poompanmung
explica os motivos que levaram à decisão de restringir a disseminação do
material: "O livro coloca em perigo a segurança nacional, a paz e a
ordem pública", afirma o mandatário, por meio de um comunicado à
imprensa.
"De acordo com a lei de 2007 sobre as
publicações, fica proibido importar o livro para distribuição no país",
acrescenta. Caso a proibição seja violada, há uma pena prevista de três
anos de prisão e multa estipulada em 60.000 bahts, cerca de 1.500 euros.
No livro “Um Reino Em Crise” (na tradução livre), Marshall comenta os
conflitos na sucessão real, além de citar a luta pela democracia no
país.
Após anos sendo correspondente
internacional na Tailândia, o repórter decidiu escrever sobre o que está
se passando na região, e não recebeu um feedback positivo das
autoridades sobre o seu relato. Ao saber da decisão, o jornalista
ironizou a sentença. "Muito obrigado à polícia tailandesa por proibir
meu livro", escreveu, antes de ressaltar que esta é uma "excelente
publicidade".
A medida, porém, não abre um
precedente. Em geral, livros que falam sobre a família real são
proibidos. Uma biografia do rei com o título “O Rei Nunca Sorri”, de
Paul Handley, é um exemplo.
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