O governo do Bahrein usa gás lacrimogêneo brasileiro para reprimir protestos pacíficos no país desde 2011”, disse Fátima por email a ÉPOCA. “Em algumas situações, os disparos são feitos em direção aos corpos dos manifestantes. Já houve mortes”, diz a ativista. Em 2011, o Bahrein foi um dos países que viveram os protestos da Primavera Árabe. Os manifestantes bareinitas se opunham à monarquia do rei Hamad bin Isa Al Khalifa e cobravam maiores liberdades democráticas. Já naquele ano, ativistas foram à internet denunciar o uso inadequado do armamento brasileiro por tropas do país. Emreportagem de ÉPOCA em 2011, a Condor afirmou que o governo do Bahrein não era um de seus compradores. Ainda em 2012, o noticiário internacional divulgou a morte de um bebê cinco dias após inalar gás lacrimogêneo. A substância fora fabricada no Brasil.
Em nova nota enviada a ÉPOCA, a Condor diz que não pode divulgar o destino do armamento que vende, uma vez que seus contratos são protegidos por cláusulas de confidencialidade. Por isso, não é possível afirmar que a empresa brasileira vendeu os gás lacrimogêneo diretamente para o governo bareinita. A empresa também afirma que, apesar das queixas, é positivo o uso de armamento não letal para conter protestos: "Consideramos um alento que esses governos adotem armamentos não letais, diferentemente de algumas nações, que ao contrário, tem à disposição apenas equipamentos feitos para matar", afirmou a Condor. Reproduzimos a nota da empresa integralmente ao pé desta página.
Nenhum comentário:
Postar um comentário