Os governos de Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram nesta terça-feira congelar a produção de petróleo em seus níveis de janeiro, informou o ministro de Energia e Indústria do Catar e presidente rotativo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammed Saleh al Sa'adah.
"Para estabilizar o mercado do petróleo, decidimos congelar a produção", afirmou Al Sa'adah em entrevista coletiva realizada em Doha. Al Sa'adah acrescentou que se tenta "uma medida que não só beneficiará os países produtores e exportadores de petróleo, mas a economia global".
Além disso, o ministro disse esperar que os demais países produtores de petróleo, sejam ou não membros da Opep, apliquem a mesma iniciativa. Com esse objetivo, o ministro catariano anunciou que vai liderar uma próxima rodada de contatos com outros países, como Irã e Iraque.
Na entrevista coletiva também estiveram presentes o ministro de Petróleo e Recursos Minerais saudita, Ali al Nuaimi, o titular de Energia russo, Alexander Novak, e o ministro de Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino.
No último dia 28 de janeiro, quando Novak mostrou sua disposição a participar do encontro desta terça, ele antecipou que a Arábia Saudita tinha proposto uma corte da produção de 5%. Ele ressaltou, no entanto, que antes de concordar com um corte na extração, era necessário que todos os países produtores e exportadores alcançassem um "consenso-base".
Em seu último relatório, que data de 10 de fevereiro, a Opep afirmou, citando fontes secundárias, que a produção de petróleo dentro da organização aumentou em janeiro em 131.000 barris ao dia e alcançou uma média de 32,3 milhões de barris diários.
Antes do anúncio realizado em Doha, a Opep havia informado em Viena que o barril de petróleo de seu grupo valorizou-se 6,3% nesta terça e estava cotado a 28,44 dólares. Com esse considerável aumento, o petróleo da Opep mantém a tendência de alta dos dois últimos dias, nos quais já ganhou 3 dólares por barril. Ainda assim, o preço do barril de referência da Opep mantém-se em seu nível mais baixo em doze anos por causa do excesso de oferta de petróleo no mercado.
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