A luta interna pelo poder na Arábia Saudita tem se acirrado ao longo dos últimos meses, com várias figuras do alto escalão na monarquia se enfurecendo com o envolvimento militar do reino no Iêmen e com uma possível operação terrestre na Síria, segundo observou o analista político francês Alain Rodier em artigo para a revista Atlantico.
Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita parece estar planejando uma operação militar na Síria com a Turquia, segundo Rodier. Em 13 de fevereiro, o governo saudita enviou 30 bombardeiros para uma base militar na Turquia. Enquanto isso, as forças turcas já começaram a bombardear os curdos no norte da Síria, alegando a necessidade de proteger a segurança da Turquia contra “grupos terroristas”.
Neste caso, ainda segundo Rodier, as forças sauditas ficariam cara-a-cara com os membros da Guarda Revolucionária iraniana que estariam operando na Síria e, então, ninguém poderia prever o que aconteceria em seguida no Oriente Médio.
"A intimidação [provocada] por Mohammad bin Salman [o vice-príncipe herdeiro da Arábia Saudita e ministro da Defesa do país] está começando a irritar muitos outros membros da família real saudita", disse Rodier.
Assim, se algo acontecer ao atual rei Salman bin Abdulaziz – que, supostamente, está sofrendo de demência e outros problemas de saúde – haverá muitos príncipes prontos para reivindicar o trono.
De acordo com o analista, o chefe da Guarda Nacional poderia fazer uma aliança com o príncipe Muhammad bin Nayef, primeiro vice-primeiro-ministro e ministro do Interior do país. Juntos, os dois poderiam organizar um golpe, facilmente subjugando as Forças Armadas sauditas regulares, caso elas decidam se opor à movimentação.
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