Os jordanianos comparecem às urnas nesta terça-feira para escolher um novo Parlamento, em eleições marcadas pelo retorno da Irmandade Muçulmana, principal força de oposição, ausente nas últimas duas disputas legislativas.
A votação começou às 7H00 locais (1H00 de Brasília) e deve prosseguir até 19H00 (13H00 de Brasília).
Quase 4,1 milhões de eleitores - de uma população de 6,6 milhões - devem escolher 130 deputados entre 1.252 candidatos.
A votação não provoca muito entusiasmo, já que o Parlamento jordaniano tem pouco poder e é tradicionalmente dominado por representantes das tribos leais à monarquia e empresários.
Analistas não preveem grandes mudanças no Parlamento.
As duas grandes incógnitas são a taxa de abstenção e o resultado da Frente de Ação Islâmica (FAI), partido da Irmandade Muçulmana, que pode obter 20 cadeiras no Parlamento e virar a principal força de oposição no Legislativo.
A FAI boicotou as eleições de 2010 e 2013, com direito a denúncias de fraudes e pedidos de reforma no sistema eleitoral.
Fragilizados pelas divisões e a repressão, os islamitas anunciaram em junho que disputariam o pleito, após uma reforma da lei eleitoral.
A nova legislação permite aos partidos apresentar listas e, assim, romper com o sistema de "voto único transferível", com o qual o eleitor escolhia vários candidatos por ordem de preferência.
O método beneficiava os candidatos das tribos.
Islamitas e partidos de esquerda, no entanto, consideram que a reforma é "insuficiente" e criticam o o poder limitado reservado ao Parlamento.
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