As autoridades do Nepal estão a alertar os tibetanos no exílio para que não celebrem o 76.º aniversário do Dalai Lama. A polícia já impediu tibetanos de entrarem na escola Namgyal, a norte da capital Katmandu, onde estavam previstas celebrações de aniversário. O Nepal receia que os encontros se possam tornar manifestações anti-China.
O líder espiritual dos monges budistas vai permanecer em Washington para o «Kalachakra» budista, uma jornada de oração que começa nesta quarta-feira e se prolonga por 10 dias, com participação estimada de 100 mil pessoas. Além do Dalai Lama, os organizadores anunciaram que a oração também terá a presença de Martin King, filho de Martin Luther King Jr., e Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi.
O Prémio Nobel da Paz de 1989 terá um encontro ao ar livre com o público, sob o tema «Uma conversa pela paz mundial», numa das esplanadas próximas ao Capitólio, em Washington DC. O líder espiritual dos budistas vai encontrar-se com deputados, mas não há, por enquanto, informações da Casa Branca sobre um eventual encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No dia 16, estará em Chicago onde também participará em diversas conversas culturais e religiosas, e concluirá sua visita aos Estados Unidos no dia 18.
Na última visita aos Estados Unidos da América, em Fevereiro de 2010, Dalai Lama encontrou-se com Barack Obama, o que provocou a reacção da China. Pequim pediu a «adopção de medidas concretas em prol do saudável desenvolvimento das relações bilaterais, após ter "violado gravemente" os princípios que regem as relações internacionais». A China considera o Dalai Lama «um líder separatista», mas o monge que vive exilado no Tibete diz querer, apenas, mais autonomia para a região.