Eles defendem que mais arquivos se tornem públicos
Historiadores fizeram um apelo ontem para que os arquivos reais sejam abertos após a publicação feita pelo tablóide inglês The Sun de um vídeo da Rainha Elizabeth II fazendo uma saudação nazista em 1933, quando tinha sete anos.
O material repercutiu no mundo todo e levantou um debate caloroso sobre por que as imagens permaneceram guardadas em segredo durante mais de 80 anos.
Especialistas também foram rápidos em defender a publicação das imagens de Elizabeth imitando a saudação feita pelo seu tio Edward VII em Balmoral.
Mark Almond, professor de história moderna na Universidade de Oxford afirmou: “Abrir aspectos dos primeiros anos da rainha não vai causar danos ao respeito pela monarquia. Isso pode apenas reforçar seu apoio do público.
“Esse filme nos lembra quantos inúmeros desafios este país superou nas últimas oito décadas sob os Windsors.”
Dra. Karina Urbach, do Instituto de Pesquisa Histórica, deu apoio ao pedido de abertura dos arquivos, dizendo: “Essas são informações que deveriam estar em domínio público há 50 anos.”
A especialista na Família Real e autora Ingrid Seward acrescentou: “A Rainha vai se tornar em setembro a monarca com mais tempo de reinado e qualquer nova informação sobre ela, não importa o quão distante seja, é de enorme interesse. Imagens de arquivo acrescentam ao nosso conhecimento sobre ela. Seria ótimo se víssemos mais.”O historiador Alex von Tunzelmann afirmou no Twitter: “Precisamos de um acesso muito mais amplo. A história deste país pertence ao público.”
Apesar de não haver qualquer sugestão de que a Rainha ou sua mãe fossem simpatizantes dos nazistas, as ligações de Edward com Hitler e o fascismo são conhecidas.
O Palácio de Buckingham se declarou desapontado que o filme tenha sido publicado.
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