A Arábia Saudita, que enfrenta a tendência de queda nos preços do petróleo, aprovou hoje um plano de longo prazo para transformar a economia do país e torná-la menos dependente da commodity.
O plano plurianual, batizado de "Visão Saudita 2030", recebeu o aval do gabinete, segundo o monarca saudita, o rei Salman. A implementação do plano ficará a cargo do conselho econômico do governo.
As fortes perdas que as cotações do petróleo vêm acumulando desde meados de 2014 ampliaram a urgência de a Arábia Saudita, maior exportador mundial da commodity, buscar novas fontes de receita.
O rei deu a seu filho de 30 anos, o príncipe Mohammed bin Salman, segundo na sucessão ao trono e chefe do conselho econômico, a incumbência de conduzir a estratégia.
"Até 2020, seremos capazes de viver sem petróleo", afirmou o príncipe à emissora de TV Al-Arabiya, em entrevista divulgada hoje.
De acordo com Bin Salman, os gastos do governo serão "mais reestruturados do que reduzidos" e mudanças nos generosos subsídios do governo não afetarão a porção 30% mais baixa da escada econômica saudita.
O príncipe afirmou também que a implementação total do plano exigirá algum tempo. "2015 foi o ano do rápido conserto, 2016 é o ano do rápido conserto mais organizado e 2017 será o ano em que a visão começará."
Bin Salman também sinalizou o desejo do reino de superar sua imagem ultraconservadora, ao anunciar que a Arábia Saudita "abrirá suas portas para o turismo de todas as nacionalidades em linha com sua tradição e valores". Atualmente, o país não emite vistos de turista, exceto para peregrinos religiosos.
Outros países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos, Catar e Kuwait, apresentaram planos de reforma econômica similares no passado recente.
Na Arábia Saudita, que tem no petróleo 70% da origem de sua receita, a diversificação da economia poderá dar início a uma revisão fundamental do contrato social do reino. Há décadas, a monarquia saudita favorece a população com gastos generosos, sem pedir impostos em retorno.
As mudanças econômicas vêm num momento politicamente difícil para Riad. Os sauditas estão engajados numa custosa guerra com o vizinho Iêmen, onde o Irã estaria financiando e fornecendo armas a rebeldes houthis. Teerã nega a acusação.
O prolongado período de petróleo barato tem pressionado as finanças da Arábia Saudita, e Riad já tomou algumas medidas numa tentativa de solucionar o problema. Além de cortar gastos, os sauditas emitiram bônus domésticos e utilizaram parte de suas reservas internacionais, que encolheram cerca de US$ 116 bilhões, ou 16%, a US$ 616,4 bilhões, ao longo de 2015. Neste mês, a Arábia Saudita também recorreu a bancos internacionais pela primeira vez em 25 anos, ao captar um empréstimo de US$ 10 bilhões
O plano plurianual, batizado de "Visão Saudita 2030", recebeu o aval do gabinete, segundo o monarca saudita, o rei Salman. A implementação do plano ficará a cargo do conselho econômico do governo.
As fortes perdas que as cotações do petróleo vêm acumulando desde meados de 2014 ampliaram a urgência de a Arábia Saudita, maior exportador mundial da commodity, buscar novas fontes de receita.
O rei deu a seu filho de 30 anos, o príncipe Mohammed bin Salman, segundo na sucessão ao trono e chefe do conselho econômico, a incumbência de conduzir a estratégia.
"Até 2020, seremos capazes de viver sem petróleo", afirmou o príncipe à emissora de TV Al-Arabiya, em entrevista divulgada hoje.
De acordo com Bin Salman, os gastos do governo serão "mais reestruturados do que reduzidos" e mudanças nos generosos subsídios do governo não afetarão a porção 30% mais baixa da escada econômica saudita.
O príncipe afirmou também que a implementação total do plano exigirá algum tempo. "2015 foi o ano do rápido conserto, 2016 é o ano do rápido conserto mais organizado e 2017 será o ano em que a visão começará."
Bin Salman também sinalizou o desejo do reino de superar sua imagem ultraconservadora, ao anunciar que a Arábia Saudita "abrirá suas portas para o turismo de todas as nacionalidades em linha com sua tradição e valores". Atualmente, o país não emite vistos de turista, exceto para peregrinos religiosos.
Outros países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos, Catar e Kuwait, apresentaram planos de reforma econômica similares no passado recente.
Na Arábia Saudita, que tem no petróleo 70% da origem de sua receita, a diversificação da economia poderá dar início a uma revisão fundamental do contrato social do reino. Há décadas, a monarquia saudita favorece a população com gastos generosos, sem pedir impostos em retorno.
As mudanças econômicas vêm num momento politicamente difícil para Riad. Os sauditas estão engajados numa custosa guerra com o vizinho Iêmen, onde o Irã estaria financiando e fornecendo armas a rebeldes houthis. Teerã nega a acusação.
O prolongado período de petróleo barato tem pressionado as finanças da Arábia Saudita, e Riad já tomou algumas medidas numa tentativa de solucionar o problema. Além de cortar gastos, os sauditas emitiram bônus domésticos e utilizaram parte de suas reservas internacionais, que encolheram cerca de US$ 116 bilhões, ou 16%, a US$ 616,4 bilhões, ao longo de 2015. Neste mês, a Arábia Saudita também recorreu a bancos internacionais pela primeira vez em 25 anos, ao captar um empréstimo de US$ 10 bilhões
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