Mesmo para os padrões extravagantes da Arábia Saudita, a visita que o rei Salman bin Abdulaziz fez esta semana à Turquia estabeleceu “novos recordes de opulência e paranoia”, segundo observou o jornal britânico The Guardian.
A administração de Salman também reservou todos os quartos do JW Marriott, um novo hotel cinco estrelas localizado em um bairro de luxo da capital turca, perto da residência do presidente Recep Tayyip Erdogan. As janelas da suíte real de 450m² foram cobertas com vidro à prova de balas e as paredes foram rebocadas com um cimento resistente a bomba, a um custo de 10 milhões de dólares, segundo informou a mídia local.
Quando as reuniões do rei na capital turca terminarem nesta quarta-feira (13), toda a operação de segurança será transladada para Istambul, onde o monarca vai participar de uma cúpula de dois dias da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
“Salman e Erdogan, descrito como o sultão moderno da Turquia que vive em um palácio ricamente decorado, têm muito em comum. Ambos querem derrubar o líder da Síria, Bashar Assad, e fizeram proclamações sobre derrotar o terrorismo na Síria e no Iraque”,escreve o jornal britânico.
A cúpula da OCI discutirá o terrorismo, a Palestina e os conflitos regionais, como o do Iêmen. Segundo o The Guardian, é provável que o rei Salman tente avançar seu plano de unir o mundo sunita atrás de sua liderança. Particularmente, o monarca deverá tentar conciliar Erdogan com o novo governo do Egito, apoiado pelos militares, que derrubou o presidente eleito Mohammed Morsi, apoiado pela Turquia, em 2013.
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