terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Brunei proíbe as celebrações de Natal para evitar influência cristã


 

Proibição ocorre após pessoas terem sido vistas vestidas de Papai Noel.
Expressão pode ser vista como propagação de religiões distintas ao Islã.

 
O rico estado petroleiro de Brunei proibiu as celebrações públicas de Natal por temer que os muçulmanos possam ser influenciados por elas, informou nesta quinta-feira (8) o ministério de Assuntos Religiosos.
A proibição foi decretada depois que algumas pessoas foram vistas usando roupas "parecidas com as do Papai Noel".
Um porta-voz do ministério não quis comentar a notícia, mas recordou uma declaração emitida em 27 de dezembro segundo a qual qualquer expressão pública de rituais ou festividades não islâmicas "pode ser vista como propagação de religiões distintas ao Islã".
Brunei instaurou no ano passado duros castigos baseados na sharia, a lei islâmica, que geraram críticas internacionais.

Equipe portuguesa cria projeto de reabilitação para aldeias históricas no Butão

 

Uma equipe de especialistas portugueses venceu um concurso internacional para criar um projeto de reabilitação de duas aldeias históricas no Butão, uma intervenção que será financiada pelo Banco Mundial, foi hoje anunciado.

A equipa portuguesa vencedora resulta de uma parceria entre a área da engenharia civil, através da NCREP - Consultoria em Reabilitação do Edificado e Património, com sede no Porto, e a arquitetura, através do Atelier in.vitro, na mesma cidade.
Para concretizar o projeto, em janeiro de 2015, uma equipa especializada em reabilitação de construções antigas partirá para o Butão - país que faz fronteira com a Índia e o Tibete - para fazer trabalhos de inspeção, diagnóstico, levantamento arquitetónico e avaliação estrutural de duas aldeias históricas do país

Kerry celera reunião histórica com premiê do Butão

 

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, foi o primeiro secretário de Estado dos EUA a se reunir com um premiê do Butão, um encontro considerado um indício de que o pequeno reino do Himalaia está se abrindo ao exterior.
Durante uma grande conferência sobre investimentos, que será celebrada no estado de Gujarat, no oeste da Índia, Kerry se reuniu com o premiê do Butão, Tshering Tobgay, um país conhecido por promover o índice da "felicidade interna bruta".
Ao ser consultado sobre o motivo da reunião, Kerry disse que o Butão fez "uma transição para a democracia".
"Estamos tentando trabalhar com eles no tema econômico e apoiá-los no que precisarem para equilibrar sua economia", afirmou.
O "reino do dragão do trono", situado entre China e Índia, suspendeu a proibição da televisão em 1999, quando menos de um quarto da população tinha acesso à eletricidade.
   

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

BBC adia documentário sobre manipulação do Príncipe Carlos

 

 

 
O documentário «Reinventing the Royals», que se foca nas técnicas de manipulação mediática utilizadas pelo Príncipe Carlos, iria estrear no próximo domingo, mas a BBC adiou a sua emissão, após a alegada intervenção dos advogados da realeza britânica.

De acordo com a subsidiária BBC2, responsável pelo documentário de dois episódios escritos por Steven Hewlett, o adiamento deve-se a problemas com as filmagens de arquivo, mas o  Radio Times denuncia a intervenção de advogados de membros da monarquia britânica, onde se inclui o próprio Príncipe de Gales e a Duquesa da Cornualha. Alegações negadas pela casa real britânica.
 

O documentário centra-se nos métodos utilizados na melhoria da imagem do príncipe após a morte da Princesa Diana, por Mark Bolland, o profissional contratado para o efeito.

São descritas algumas técnicas, como aproveitar cada oportunidade para o mostrar como um pai viúvo e preocupado, que contribuíram para o fazer ganhar o apoio dos britânicos na união com a sua segunda esposa, Camilla Parker-Bowles.

Em «Reinventar a Família Real», cujas filmagens começaram há mais de um ano, constam importantes testemunhos nesta matéria, como o de Sandy Henney, acessora de imprensa do Príncipe Carlos na altura da trágica morte da Princesa do Povo.

Juan Carlos teve «sentimentos contraditórios» no dia da sua abdicação

 
 

O rei Juan Carlos I de Espanha admitiu ter experienciado sentimentos contraditórios no dia da sua abdicação, a 19 de junho, nomeadamente «satisfação pelo dever cumprido», «dor pela despedida» e «orgulho de pai».

«Talvez a palavra emoção seja curta. Foram sentimentos contraditórios: a satisfação do dever cumprido e a dor da despedida, a pena de pensar que me retiro e o orgulho enquanto pai por ver o seu filho ali», afirmou Juan Carlos, em entrevista ao jornal ABC.

O monarca recordou, ainda, dois momentos fundamentais na sua vida: quando Francisco Franco lhe comunicou a decisão de o nomear «sucessor ao título de rei» e o fracasso do golpe de Estado de 23 de fevereiro, «onde a monarquia jogou o seu prestígio e continuidade».
 

O retiro secreto da monarquia britânica no Quênia

 


Embora seja um dos parques naturais mais desconhecidos do Quênia, a singularidade de Aberdare o transformou em um retiro secreto para a monarquia britânica no país.
Suas selvas tropicais, cascatas e florestas foram cenário de alguns dos momentos-chave da Coroa inglesa.
A menos de três horas de carro de Nairóbi, a reserva esconde a "joia da Coroa": o Treetops, um hotel com vista para o imponente monte Quênia, de onde os visitantes podem observar uma multidão de animais selvagens que vivem na região.
Construído em 1932, originariamente o Treetops não era mais que uma plataforma de caça com uma cabana de dois quartos montada sobre um enorme figueira de mais de 300 anos, para onde os viajantes aventureiros chegavam a pé escoltados por caçadores que lhes protegiam dos animais.
Vinte anos mais tarde, foi ampliado para acolher uma de suas hóspedes mais distintas: a princesa Elizabeth da Inglaterra e seu marido, o príncipe Phillip. Para a ocasião, foi acrescentado um terceiro quarto e uma pequena cabine para o caçador que permanecia de guarda.
As paredes do Treetops ainda lembram a visita da jovem Elizabeth através de várias fotografias em preto e branco que imortalizam sua passagem pelo parque e transportam os hóspedes atuais algumas décadas para o passado, quando o Quênia ainda era colônia britânica.
O que a jovem princesa não sabia ao pisar no Quênia era que Aberdare ia se transformar no palco de um dos capítulos mais importantes de sua vida.
Conta a lenda que na noite do dia 5 de fevereiro de 1952, a jovem Elizabeth subiu à centenária figueira sendo princesa e, após passar a noite nela, desceu como a nova rainha de um poderoso império.
"O rei George VI da Inglaterra morreu durante aquela noite e na manhã seguinte a princesa desceu da cabana sendo a rainha Elizabeth II", relata à Agência Efe Elizabeth Nguraru, diretora do Treetops, que reconhece que muitos turistas se hospedam neste hotel atraídos por esta história.
O livro de visitas do hotel imortalizou este episódio histórico, pois o caçador que escoltou o casal durante sua visita, Jim Corbett, escreveu: "Pela primeira vez na história do mundo, uma menina jovem subiu em uma árvore sendo princesa e, após experimentar o que ela mesma descreveu como a experiência mais emocionante, desceu da árvore no dia seguinte sendo rainha".
Este retiro secreto, que marcou a vida da rainha da Inglaterra, continua sendo um lugar muito especial para a Corona britânica. Por isso, o príncipe William escolheu justamente uma área muito próxima para pedir sua atual esposa, Kate Middleton, em casamento em 2010.
A rainha Elizabeth II nunca esqueceu o parque de Aberdare, que surpreende com uma paisagem cheia de contrastes - florestas e selvas tropicais - no Quênia, o país conhecido mundialmente por suas extensas savanas.
Por isso, "como prometeu, a rainha voltou em novembro de 1983", lembra Ngararu, que assegura que outras personalidades da realeza europeia e chefes de Estado - cujos nomes prefere não revelar - também visitaram o hotel.
Embora já nada reste da estrutura original do Treetops, que foi incendiada em 1954 por guerrilheiros Mau Mau durante a rebelião contra a Administração Colonial, sua essência perdura até a atualidade.
A antiga cabana sobre a árvore se transformou agora em uma construção de madeira com 36 quartos feita sobre pilares, abraçando os galhos da enorme figueira, em frente a um lago aonde chegam elefantes, búfalos e, ocasionalmente, rinocerontes e leopardos.
A oportunidade de poder fazer um safári do próprio quarto, ou dos terraços do hotel, continua atraindo turistas que não querem perder este espetáculo da natureza.
Para que os hóspedes não percam nem um detalhe da vida selvagem da reserva, cada quarto do hotel tem um timbre que avisa quando os guardas detectam a presença de algum animal no lago do hotel.
Então, os turistas só têm que ir para a janela para desfrutar do país dos safáris em estado puro.

Irmã do rei Felipe 6º vai ser julgada por atos de corrupção

 

 

  A Justiça da Espanha anunciou ontem, em Palma de Mallorca, que vai levar aos tribunais a irmã do atual rei, Felipe VI, Cristina de Borbón, de 49 anos. A ex-infante - ela perdeu o título quando da abdicação de Juan Carlos - é acusada de desvio de recursos públicos no caso Noos, uma referência à empresa criada por seu marido, Inãki Urdangarin. Os dois fazem parte de um grupo de 17 pessoas que será levado às cortes. A acusação formal contra Cristina é um fato inédito na monarquia da Espanha.
 

A investigação sobre as operações do Instituto Noos foram abertas em julho de 2010, relativas a fraudes supostamente cometidas entre 2007 e 2008 em conluio com autoridades das regiões de Baléares e Valência. Segundo a investigação aberta por crimes fiscais, a entidade teria firmado contratos para a organização de congressos esportivos, cujos pagamentos foram realizados em troca de notas fiscais frias emitidas por empresas de fachada, entre as quais Aizoon, fundada por Urdangarin e por Cristina.

Ainda de acordo com a investigação, Urdangarin seria o cérebro das operações, que teriam contado com a colaboração ativa de Cristina. O genro de Juan Carlos já havia sido indiciado em dezembro de 2011, enquanto sua mulher foi imputada em abril de 2013. Após quatro anos de inquérito, ambos continuam negando responsabilidades.

Em razão dos crimes, o juiz responsável pelo caso, José Castro, solicitou um total de  2,6 milhões de euros a Cristina a título de indenização pecuniária preventiva, enquanto seu marido terá 15 milhões de euros empenhados. Esses valores devem ser depositados em até 20 dias, sob pena de confisco.

Até a abdicação de Juan Carlos e a assunção de Felipe VI, em junho deste ano, Cristina era a número 2 na ordem de sucessão ao trono, atrás de seu irmão, e por essa condição recebia o título de “infante”, equivalente a “alteza real” da Espanha. Com a entronização de Felipe VI, sua filha, Sofía de Borbón y Ortiz, de sete anos, passou a ser a nova infante. Mas, por não ter abdicado de sua condição, Cristina ainda está na linha sucessória da família real, agora ocupando a 6ª posição.

Ao ser revelado, o caso Noos abalou o prestígio da monarquia da Espanha, que ainda não foi restabelecido. Também contribuíram para manchar a imagem da família as fotos do então rei Juan Carlos caçando elefantes em Botsuana, em 2012, no auge da crise econômica que desempregava 25% dos espanhóis, e também e-mails do ex-monarca afirmando que apoiava as atividades empresariais de Urdangarin.

Em resposta aos sucessivos escândalos, Felipe VI prometeu um reinado exemplar, “honesto e transparente”, em sua entronização, cerimônia para a qual Cristina não foi convidada. Mas parte da opinião pública espanhola continua a reivindicar a transformação do sistema político, de monarquia a república.  A Casa Real Espanhola informou apenas ter tomado ciência da acusação contra Cristina, garantindo “seu respeito absoluto pela independência da Justiça”.