Milhares de pessoas convocadas pela oposição se manifestaram, nesta
sexta-feira (18), no Bahrein contra um projeto de união com a Arábia
Saudita.
Marchando por uma estrada que une vários povoados xiitas ao redor da
capital, Manama, os manifestantes gritaram palavras de ordem hostis ao
projeto de união.
"Não à união, Bahrein não se vende", "O país não está em leilão",
repetiram em coro os manifestantes, que responderam ao protesto
convocado pela oposição xiita sob o lema, "Dispostos a se sacrificar
pelo Bahrein".
Ao final da manifestação a oposição destacou "o direito do povo bareinita à autodeterminação".
"Toda decisão que afete a soberania do Bahrein (...), sem consultar o
povo atavés de referendo (...) representativo será nula", acrescentou a
oposição em um comunicado.
A oposição acusa as autoridades de tentarem, com este projeto de
união, se "esquivar" suas responsabilidades diante da "profunda crise
política e constitucional" que o país vive desde a repressão sangrenta,
no ano passado, de um movimento de protesto que pedia a instauração de
uma monarquia constitucional.
Na repressão do movimento, em março de 2011, participaram fontes
sauditas, que apoiaram a dinastia sunita no poder perante os protestos
animados pelos xiitas, majoritários neste pequeno país do Golfo.
As seis monarquias do Golfo decidiram nesta segunda-feira, ao fim de
uma cúpula em Riad, prosseguir o estudo de um projeto de união, que
poderia fundir em um primeiro momento a Arábia Saudita e o Bahrein. A
oposição xiita do Bahrein, apoiada pelo Irã, se opõe firmemente ao
projeto.
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