Um
tribunal em Bahrein adiou para o mês que vem o veredicto do segundo
julgamento dos 20 proeminentes ativistas condenados por uma corte de
justiça militar. Eles foram presos por liderar a revolta contra a
monarquia que governa o país.
O caso dos ativistas é um dos mais
importantes processos que resultaram da repressão contra os protestos. A
decisão dos juízes será uma indicação de que caminho a monarquia sunita
tomará para encerrar a crise.
No julgamento original, Abdulhadi al-Khawaja
e sete outros líderes da oposição foram condenados à prisão perpétua.
Outros 12 presos foram sentenciados a penas menores, sete deles à
revelia, por crimes contra o Estado. Por meses, os ativistas presos
combateram as sentenças, denunciando violações de direitos legais e
tortura. Khawaja iniciou então uma greve de fome que durou 100 dias.
Autoridades descartaram as sentenças dos
militares em abril e ordenaram um novo julgamento pela mais alta corte
de apelação do país, que afirmou que emitirá o veredicto em 4 de
setembro. Familiares e grupos de direitos humanos expressaram
desapontamento com o atraso.
A maioria xiita de Bahrein, inspirada pelos protestos da Primavera
Árabe, começaram uma revolta no ano passado, buscando limitar os amplos
poderes da monarquia sunita. Pelo menos 50 pessoas foram mortas nos
distúrbios.
Em um discurso televisionado
para todo o país nesta quinta-feira, o rei Hamad bin Isa Al Khalifa
declarou seu compromisso com o "progresso, prosperidade e boa
governança", e disse que apoia a ideia de diálogo. Ele não falou sobre a
crise que já dura 17 meses, mencionando apenas os desafios
que os cidadãos suportaram durante o ano. Durante o discurso o monarca
não ofereceu novas ideias para conciliar a nação nem comentou a questão
dos ativistas. As informações são da Associated Press.
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