Nova Zelândia uniu-se à Austrália num processo judicial contra a
caça à baleia praticada pelo Japão nos mares da Antárctida. O caso está a
ser analisado pelo Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, desde
2010, quando a Austrália entrou com o processo, contestando o argumento
do Japão de que a captura de baleias destina-se a fins “científicos”.
Agora, o governo neo-zelandês solicitou o direito de
intervenção junto do tribunal, o que significa que poderá apresentar
também os seus argumentos contra a actividade baleeira.
A caça
comercial à baleia está proibida por uma moratória internacional de
1986. Mas a Convenção para a Regulação da Caça à Baleia permite algumas
excepções, entre elas a captura para fins científico. Anualmente, o
Japão mata centenas de baleias sob esta excepção. No último ano, foram
540. Apesar do argumento científico, a carne de baleia acaba por ser
comercializada.
“A Nova Zelândia tem todo o interesse em garantir
que a Comissão Baleeira Internacional funcione de modo efectivo e que a
Convenção para a Caça à Baleia seja correctamente interpretada e
aplicada”, justifica o ministro neo-zelandês dos Negócios Estrangeiros,
Murray McCully, num comunicado.
McCully confessa-se desapontado
com o falhanço das iniciativas diplomáticas para convencer o Japão a
desistir ou limitar a sua actividade baleeira. “O Governo continuará a
usar todas as avenidas possíveis para tentar parar a caça à baleia pelo
Japão no Oceano Antárctico”, disse o ministro.
O Japão tem vindo a
tentar, há anos, reintroduzir a caça comercial à baleia – uma
actividade tradicional do país. Mas vários países que também integram a
Comissão Baleeira Internacional têm-se oposto.
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