Assisti neste mes um filme na tv educativa , sobre o imperador japonês , olha foi muito bom , aquele gestual da boca do imperador , o encontro com o alto comando japonês para rendição de se seu país , o encontro com Mcarthur , olha me impressionou
O filme, apresentado no Festival de Berlim ,
já rodou o mundo inteiro tendo sido bem recebido pela crítica
especializada, mas ainda não tinha chegado na pátria do protagonista
devido à controversa representação do Imperador Hirohito (1901-1989).
No filme, o soberano nipônico é apresentado como um "mortal comum",
totalmente distante daquele status de divindade que oficialmente
caracterizou a figura imperial japonesa desde a antiguidade até 1947,
ano no qual a nova Constituição nascida dos destroços da guerra
"rebaixou" o soberano de "Deus" para "símbolo" da nação. Na realidade,
Hirohito já havia abandonado esta imagem, obrigado pelas circunstâncias,
no histórico discurso pronunciado na rádio em 15 de agosto de 1945,
quando pediu à população para "suportar o insuportável e tolerar o
intolerável", confirmando a rendição do Japão.
A figura imperial é um assunto extremamente delicado no país, e
especialmente quando se trata de Hirohito, que governou entre 1926 e
1989 um dos reinados mais longos e angustiantes que o Japão recorda.
Apesar de ser chamado no país de Showa, ou "paz esplendente", a sua
figura é ligada ao desastre da Segunda Guerra Mundial, como imperador
que levou o país ao trágico acontecimento bélico e que depois soube
aceitar a derrota.
Devido a esta situação histórico-cultural, o filme de Sokurov
enfrentou notáveis dificuldades no arquipélago, principalmente pelos
violentos movimentos de extrema direita, que no passado ameaçaram várias
vezes de vingança os cinemas que projetassem este filme. A identidade
do ator protagonista, Issei Ogata, foi mantida em segredo até o último
momento, pelo temor de atentados.
A distribuidora do filme adiou por diversas vezes o lançamento nas
salas japonesas, tanto pelas ameaças diretas recebidas por organizações
de extrema direita, quanto pela falta de cinemas interessados em
adquirir os direitos de projeção, dada a "periculosidade" da obra.
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