Estas novidades representam mais um golpe no presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker, que dirigia o Governo luxemburguês na
época dos acontecimentos em causa.
As
revelações hoje feitas ocorrem na véspera da tomada de pose oficial da
Comissão Juncker, no Tribunal de Justiça da União Europeia, situado
precisamente no Grão-Ducado.
Apoiando-se
em cerca de 28 mil páginas de documentos obtidos pelo Consórcio
Internacional dos Jornalistas de Investigação (CIJI), cerca de quatro
dezenas de jornais revelaram no início de novembro que, entre 2002 e
2010, quando Juncker era primeiro-ministro do Luxemburgo, o Grão-Ducado
fez acordos fiscais com cerca de 340 multinacionais, entre as quais
Apple, Amazon, Ikea, Pepsi, Heinz, Verizon e AIG, para lhes reduzir o
pagamento de impostos, o que privou os Estados europeus de receitas
fiscais no montante de milhares de milhões de euros.
O jornal belga Le Soir revelou hoje que a nova vaga de documentos, a
LuxLeaks 2, implica mais 35 empresas, entre as quais Skype, Walt Disney,
Koch Industries, Bombardier ou a Telecom Italia, com acordos realizados
entre 2003 e 2011.
A publicação adiantou
que os acordos foram preparados pelas quatro grandes empresas de
auditoria e consultoria, a saber, PricewaterhouseCoopers (PwC), KPMG,
Ernst & Young e Deloitte.
Entre as
vantagens alcançadas estão, por exemplo, deduções fiscais espetaculares,
com a Skype a pagar impostos apenas sobre 5% dos lucros, ou taxas de
imposto extremamente baixa, como a de 0,28% paga pela Walt Disney
Luxemburgo.
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