domingo, 14 de dezembro de 2014

Juncker sob ataque com divulgação mais empresas envolvidas escândalo LuxLeaks

 


Estas novidades representam mais um golpe no presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que dirigia o Governo luxemburguês na época dos acontecimentos em causa. 

As revelações hoje feitas ocorrem na véspera da tomada de pose oficial da Comissão Juncker, no Tribunal de Justiça da União Europeia, situado precisamente no Grão-Ducado. 

Apoiando-se em cerca de 28 mil páginas de documentos obtidos pelo Consórcio Internacional dos Jornalistas de Investigação (CIJI), cerca de quatro dezenas de jornais revelaram no início de novembro que, entre 2002 e 2010, quando Juncker era primeiro-ministro do Luxemburgo, o Grão-Ducado fez acordos fiscais com cerca de 340 multinacionais, entre as quais Apple, Amazon, Ikea, Pepsi, Heinz, Verizon e AIG, para lhes reduzir o pagamento de impostos, o que privou os Estados europeus de receitas fiscais no montante de milhares de milhões de euros. 

O jornal belga Le Soir revelou hoje que a nova vaga de documentos, a LuxLeaks 2, implica mais 35 empresas, entre as quais Skype, Walt Disney, Koch Industries, Bombardier ou a Telecom Italia, com acordos realizados entre 2003 e 2011.

A publicação adiantou que os acordos foram preparados pelas quatro grandes empresas de auditoria e consultoria, a saber, PricewaterhouseCoopers (PwC), KPMG, Ernst & Young e Deloitte. 

Entre as vantagens alcançadas estão, por exemplo, deduções fiscais espetaculares, com a Skype a pagar impostos apenas sobre 5% dos lucros, ou taxas de imposto extremamente baixa, como a de 0,28% paga pela Walt Disney Luxemburgo. 

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