sexta-feira, 1 de junho de 2012

PARTIDOS QUEREM CONTROLE SOBRE FAMÍLIA REAL ESPANHOLA

Forças nacionalistas galegas (BNG) e catalãs (ERC) e a Esquerda Plural pediram hoje no Congresso espanhol a criação de uma comissão de investigação sobre a Casa Real para introduzir medidas de transparência e controlo das contas.
Esse passo, defenderam, permitiria criar uma "autêntica monarquia parlamentar" e responderiam aos problemas de "opacidade" e de "falta de democracia" da monarquia, como afirmou Alfred Bosch, porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Para Bosch, o parlamento não pode ser "um marciano" e continuar alheio à opinião dos cidadãos onde a atuação da monarquia está a ser fortemente questionada, especialmente depois de casos como o processo contra o genro do rei, Iñaki Urdangarín, ou a recente viagem do rei ao Botsuana para caçar elefantes.
Joan Coscubiela (Iniciativa Catalunha Verdes-ICV) considerou que quando não há transparência nas instituições do Estado "há impunidade" e se há impunidade "a democracia ressente-se e é débil".
"Temos que pressionar para que uma monarquia parlamentar não se converta em absolutista", disse.
Já Ricardo Sixto, da Esquerda Unida (IU), admitiu que "os dois partidos dinásticos", PP e PSOE, continuarão a bloquear investigações como esta, ainda que sejam um passo "importante" para o futuro.

TAILANDÊS DE 62 ANOS MORRE NA PRISÃO POR INSULTAR O REI

Um homem tailandês preso há 20 anos por insultar a família real morreu nesta terça-feira em um hospital penitenciário do país.
Amphomn Tangnoppaku foi considerado culpado somente em novembro do ano passado por ter enviado mensagens desrespeitosas sobre a Rainha Sirikit em 1992.
Ele negou a acusação, alegando que não sabia como usar a função de envio de mensagens através de seu telefone celular.
Tangnoppaku, apelidado de Uncle S-M-S (ou "Tio S-M-S", em alusão às mensagens via celular) lutava contra um câncer.
O caso chamou atenção para as rigorosas leis da Tailândia que protegem a monarquia de insultos ou críticas.

MOANRQUIA BRITÂNCIA VALE BILHÕES DE DÓLARES

A Monarquia Britânica permite um ingresso de 1 bilhão de libras anualmente ao Estado do país. Esse estudo foi publicado na segunda-feira pela empresa de consultoria Brand Finance. Segundo os dados da empresa, a família real como marca "vale" cerca de 44,5 bilhões de libras, apenas 10 bilhões menos do que a rede social Facebook.
Graças ao 60º aniversário da ascensão ao trono da rainha Isabel II este ano trará ao tesouro receitas recorde. Apenas as lembranças, começando por canecas e toalhas com símbolos reais e terminando com moedas comemorativas, garantirão o ingresso de centenas de milhões de libras.
Os defensores da república propõem vender a marca real a quem der mais e assim reduzir a dívida nacional.

PRIMEIRO MINISTRO DO LESOTHO SE DEMITE

Primeiro-Ministro do Lesotho, Pakalitha Mosisili, no poder nos últimos 14 anos, demitiu-se Quarta-feira após o seu partido – Congresso Democrático (DC) – não ter sido capaz de assegurar uma maioria eleitoral necessária para formar um governo, noticiou a AIM.
Jornais sul-africanos escrevem que Mosisili esperava anunciar ainda na mesma quarta-feira os seus planos sobre o seu futuro político, após cinco partidos da oposição anunciarem a sua intenção de entrarem em aliança, no que poderá ser o primeiro governo de coligação naquele pequeno reino montanhoso totalmente rodeado pela África do Sul.
A agência sul-africana de Notícias (SAPA) revela que o Lesotho, uma monarquia constitucional, terá assim, pela primeira vez na sua história, uma coligação, após as eleições de sábado último terem "humilhado" o partido de Mosisili, ao obter 48 assentos, para um Parlamento de 120 postos.
O líder do principal partido da oposção All Basotho Convention (ABC) – (Convenção de Todos os Basutho)", Tom Thabane, afirmou que cinco partidos irão formar uma aliança, medida que permitirá aquelas forças políticas terem uma maioria parlamentar de 64 lugares e necessária para formarem um governo.
Thabane disse que "partilhamos o mesmo objectivo de ver o Lesotho numa verdadeira democracia, uma vez que os nossos partidos decidiram entrar numa aliança."
Sendo o principal partido naquele pequeno reino da África Austral, o DC tinha o direito de criar um Executivo, mas o seu mau desempenho eleitoral tudo indica que passará para a oposição.
Mosisili, de 67 anos, prometeu durante a campanha eleitoral que em caso de uma derrota iria abandonar o poder.
O Congresso para a Democracia do Lesotho (LCD), o ABC, o Partido Nacional Basotho (PNB), o Fundo Popular para a Democracia e o Partido da Liberdade Marematlou, farão parte da presumível coligação.

EDITORA CONDENADA NA TAILÂNDIA


Chiranuch Premchaiporn foi considerada culpada de não ter suprimido rapidamente os comentários colocados num fórum do seu sítio de internet "Prachatai" em 2008.
"A acusada não pode negar a sua responsabilidade sobre o conteúdo do seu sítio de internet", declarou o juiz Kampol Rungrat.
Mas "ela não violou ela própria a lei", acrescentou, frisando que a pena tinha sido suspensa em virtude da colaboração da acusada com o tribunal.
O rei Bhumibol, com 84 anos e hospitalizado desde setembro de 2009, é considerado como um semi-deus por alguns súbditos e, apesar da família real não deter qualquer papel político é protegida por uma das leis mais severas do mundo.
Uma petição assinada por quase 27.000 pessoas e onde era reivindicada a alteração da lei foi entregue esta semana no parlamento tailandês, mas a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, eleita em agosto passado, excluiu essa eventualidade.

BOA PARTE DOS BRITÂNICOS NÃO QUEREM CHARLES COMO REI

Às vésperas das grandes comemorações do Jubileu de Diamantes da rainha Elizabeth II, o príncipe Charles divulgou imagens de sua infância com a mãe e a irmã Anne, cenas raras de intimidade raras da tão discreta - e altamente popular - monarca. Mas, se Elizabeth é querida pela maioria de seus súditos, a realidade não parece ser a mesma para seu filho mais velho. Uma pesquisa encomendada pelo jornal britânico "Independent" mostra que menos da metade dos britânicos acredita que o príncipe de Gales deveria assumir o trono. Até mesmo entre os políticos, Charles é visto com ressalva. Nesta semana, ministros teriam expressado em conversas privadas a desconfiança em relação ao príncipe, revelou o "Independent". Eles temem que o primogênito da rainha revele ambições de interferir nos negócios do governo uma vez coroado rei. Charles ficou conhecido por mandar longas cartas a deputados sobre leis em relação à agricultura e ao meio ambiente. Em uma delas, expressou sua condenação à uma norma estabelecida pelo governo de Toni Blair que permitia o estudo de mudanças genéticas em alimentos. "Não posso ficar calado", escreveu o nobre na época.
- Ele ainda não se adaptou à Constituição moderna. Sempre quer dar sua opinião detalhada sobre assuntos que lhe interessam, e fica muito aborrecido se você chega dois minutos atrasado para uma reunião -contou o ministro, que preferiu não se identificar.
Um alto funcionário do governo descreveu as longas cartas de Charles com certo deboche, mas disse que é preciso ter muita cautela em como respondê-las:
- Quando chega uma correspondência do príncipe, é preciso lê-la logo e ter cuidado com a resposta. Mas as pessoas também riem e fazem piada com as cartas: "Você nunca vai adivinhar sobre o que Charles escreveu dessa vez", dizem.
Se entre os políticos Charles não é popular, quando o assunto são os súditos, o quadro também não é diferente. Pesquisa da ComRes feita para o "Independent" e divulgada nesta sexta-feira mostra uma população dividida quando o assunto é sucessão do trono: 42% concordam que Charles deve renunciar à Coroa em prol de William, enquanto 44% discordam e 14% dizem não ter opinião formada.
Desde o casamento, William e Kate Middleton assumiram um papel central no Palácio de Buckingham e alavancaram a popularidade da monarquia entre os jovens. A festa de boda dos dois foi vista por 27 milhões de pessoas só no Reino Unido. Talvez a popularidade do novo casal real explique o apelo do filho mais velho de Lady Di entre os jovens. Segundo a pesquisa, 53% acreditam que ele deve assumir o trono depois da morte de Elizabeth II.
Os trabalhistas são os mais contrários a Charles, 52% dos eleitores do partido acreditam que ele deve abandonar as pretensões de rei, enquanto só 35% dos conservadores dizem pensar o mesmo. O ex-diretor de comunicação de Downing Street, Alastair Campbell, escreveu em seus diários que Tony Blair costumava se irritar com a intromissão do candidato ao trono britânico.
Parece que pelo menos o quesito carisma, Charles não herdou da mãe. Apesar de raramente demonstrar traços de sua vida pessoal, a rainha Elizabeth II conquistou os britânicos. O documentário com a intimidade da jovem monarca com seus filhos pode ajudar ainda mais na imagem da nobre, vista por muitos como uma mãe distante e fria. As cenas, filmadas pelo próprio duque de Edimburgo, pai de Charles, mostra Elizabeth ensinando seu primogênito a andar e brincando com a família em uma praia.
Na homenagem, que será exibida nesta noite pela BBC britânica, Charles relembra a coroação de Elizabeth e destaca que o Jubileu é uma forma de todo país mostrar seu orgulho pela rainha.
- Lembro da minha mãe nos dando banho com a coroa, era muito divertido - conta o príncipe sobre os dias antes da coroação. - Ela sente muito orgulho de sua família, de ser sido uma jovem mãe no início de seu reinado.

NO JUBILEU DA RAINHA DA INGLATERRA , A MONARQUIA NUNCA FOI TÃO POPULAR

No ano em que o Reino Unido celebra o Jubileu de Diamantes da rainha Elizabeth II — quando a soberana completa 60 anos no trono — os índices de popularidade da monarquia britânica bateram recordes históricos. Para 69% dos britânicos, o Reino Unido iria piorar se a monarquia desaparecesse, enquanto apenas 22% considera que a instauração de uma república melhoraria o país. A exceção é a Escócia, onde 36% dos cidadãos considera que a monarquia prejudica o país. A pesquisa foi publicada pelo jornal “The Guardian”.

O levantamento do Guardian/ICM indica como o sentimento monárquico se expandiu por todas as classes sociais e em todas as regiões no ano do 60º aniversário da chegada ao trono de Elizabeth II, de 86 anos. Este é o maior índice de popularidade da família real nas doze últimas enquetes realizadas pela empresa de consultoria desde 1997, data em que o apoio dos britânicos à monarquia começou a ser medido.

Segundo a pesquisa, o apoio aos Windsor é maior entre os mais velhos e os eleitores conservadores, mas também tem força entre os simpatizantes dos outros partidos do país. O fervor monárquico não diminuiria com a morte ou abdicação do trono da popular Elizabeth II: apenas 10% preferiria um chefe de Estado ao invés de um novo monarca.

Os dados não indicam, no entanto, que o príncipe Charles, de 63 anos, e primeiro na linha de sucessão, desperte um grande entusiasmo: apenas 39% quer que ele assuma após a morte de sua mãe, contra 49% dos que preferem seu filho mais velho, o príncipe William, de 29 anos.

Os primeiros dados sobre a aceitação da monarquia britânica datam de fevereiro de 1953, apenas três meses depois da coroação. Na época, a grande maioria dos entrevistados ofereceu descrições como “encantadora” e “maravilhosa” para Elizabeth II. Segundo este primeiro levantamento, só 6% fez comentários negativos sobre monarcas em geral, e apenas 1% se aventurou a ir contra a rainha. Alguns anos mais tarde, em 1957, uma pesquisa do Instituto Gallup mostrava que 83% dos britânicos era favorável a monarquia e só 7% contrário.
Da Agência O Globo.