sábado, 12 de janeiro de 2013

Rainha participa de reunião do gabinete britânico


A rainha Elizabeth participou de uma reunião do gabinete britânico pela primeira vez nesta terça-feira. Ela sentou-se entre o primeiro-ministro David Cameron e o secretário de Relações Exteriores William Hague durante a reunião semanal para discussões sobre negócios do governo.
Acredita-se que esta seja a primeira vez em pelo menos 100 anos que um monarca participa de uma reunião do gabinete. Os integrantes do governo presentearam a rainha com um conjunto de 60 jogos americanos (espécie de toalha para se colocar embaixo do prato) em homenagem a seu Jubileu de Diamante.
O governo comunicou que a rainha participou da reunião desta terça-feira como observadora, não como colaboradora, em homenagem ao fato de ela estar há 60 anos no trono. Mas sua visita chamou a atenção por parecer uma quebra na tradicional linha que separa o governo da monarquia.
Como chefe de Estado, a rainha representa o país em cerimoniais e obrigações formais relacionadas ao governo, mas se mantém neutra no que diz respeito a questões políticas

NOVELA EM BANGKOK GERA POLÊMICA

- A censura de uma telenovela de intriga política iniciou um inflamado debate na Tailândia, onde os espectadores acusam as autoridades de violarem seus "direitos constitucionais", informou nesta segunda-feira a imprensa local.
Na sexta-feira, os seguidores de "Neua Mek 2" se surpreenderam quando o "Channel 3" não transmitiu o capítulo 10 da produção, cuja trama alguns relacionam com o ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado e atualmente no exílio.
O partido de sua irmã Yingluck, que agora governa o país, negou que tenha havido ingerência política no assunto, enquanto a oposição pediu que as causas que levaram a "Channel 3" a censurar o capítulo sejam averiguadas.
Os diretores da rede de TV explicaram que cancelaram a série porque podia violar a lei de radiodifusão, que proíbe programas e filmes considerados insultantes com a monarquia, indecentes ou um problema de segurança nacional, sem definir o motivo exato.
No entanto, a Associação Tailandesa de Proteção da Constituição declarou que o capítulo censurado não fere a lei e afirmou que foram violados os "direitos constitucionais" dos fãs da série ao cancelá-la.
O secretário-geral da associação, Srisuwan Janya, solicitou ao organismo regulador da programação televisiva que obrigue o "Channel 3" a exibir o episódio.
"Neua Mek 2" trata da corrupção em um governo onde o vice-primeiro-ministro conspira para lançar um satélite e um vidente utiliza a magia negra para ajudar os políticos a manipularem as massas.
Thaksin, que governou entre 2001 e 2006, é acusado de ter cometido irregularidades ao vender uma empresa de telecomunicações a uma companhia cingapuriana sem pagar impostos durante seu mandato.
O líder da oposição, Abhisit Vejjajiva, disse que o cancelamento abrupto da telenovela infringe as liberdades civis dos espectadores.
"Embora eu não siga telenovelas, (a censura da série) é comparável à violação dos direitos e liberdades", opinou Vejjajiva.
Muitos internautas manifestaram suas suspeitas de que há "razões obscuras" por trás da censura de "Neua Mek 2", embora alguns achem que a reação foi exagerada.
"Fascinante que o cancelamento de uma telenovela mobilize as massas mais do que tudo que ocorre na vida real", criticou um internauta sobre a polêmica.

JUAN CARLOS FAZ 75 ANOS , VIVA EL REI.

O rei de Espanha celebra este sábado 75 anos e, por ocasião do aniversário, concedeu uma entrevista, onde fala da necessidade de manter a monarquia e, sobretudo, de manter a unidade do país.
O ano de 2012 foi difícil para Juan Carlos, particularmente ao nível da saúde, mas o monarca garante que está bem:
“Encontro-me em boa forma. Com energia e sobretudo com ilusão para seguir em frente e enfrentar os desafios, procurando um maior consenso entre os espanhóis para os enfrentar”, disse.
Num momento particularmente difícil para o país, o rei apela à unidade dos espanhóis face à crise e crítica as políticas de rutura, numa alusão à fleuma separatista da Catalunha.
O que magoa Juan Carlos são:
“As intransigências que levam a maximalismos e a políticas que não nos convêm, que são políticas de rutura. Creio que neste momento não convém nada a Espanha, o que convém é unidade, que estejamos todos unidos”.
A entrevista do rei Juan Carlos insere-se numa série de emissões especiais consagradas aos 37 anos do seu reinado, numa vasta operação de charme lançada pela família real.
As caçadas do rei em África e o escândalo de corrupção em que está envolvido Iñaki Urdangarin, o marido da infanta Cristina, num país profundamente atingido pela crise, tem levado muitos espanhóis a questionarem a pertinência e o custo da monarquia.

RAINAH FABIOLA NO MEIO DE UM QUESTÃO SÉRIA

Fabiola, a viúva do antigo Rei Baudouin, está no centro de uma polémica depois de terem sido divulgadas informações que indicariam que esta tenciona financiar com o dinheiro público a fundação que criou para ajudar quem lhe é chegado e as instituições católicas.
A Rainha, que recebe cerca de €1,4 milhões por ano desde a morte do seu marido em 1993, desmentiu essas informações. Este debate surge numa altura em que as tensões entre as comunidades de língua flamenga e francesa do país colocam regularmente em causa o papel da monarquia.

REI ABDULLAH DA ARÁBIA SAUDITA NOMEOU MULHERES PARA À ASSEMBLÉIA CONSULTIVA

O rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz al-Saud, nomeou pela primeira vez mulheres para a Shura, uma assembleia consultiva que tem como objetivo aconselhar o rei. Apesar do pouco poder da Shura, a decisão está sendo considerada como o passo mais significativo dos sauditas em relação aos direitos das mulheres.
A Árabia Saudita é uma monarquia ultra-conservadora que segue uma interpretação rigorosa da lei islâmica. No país, mulheres são obrigadas por lei a se submeter à tutela masculina durante toda a sua vida. As mulheres não podem dirigir, por exemplo, e só podem participar da política se tiverem autorização de um homem – pai ou marido.
Desde que assumiu o trono, em 2005, O rei Abdullah vem aprovando pequenas e cautelosas medidas para diminuir as restrição sofridas pelas mulheres. Entre as medidas, Abdullah garantiu direito das mulheres votarem e cancelou punições de chicotadas para uma mulher que foi presa por dirigir. No entanto, segundo ativistas sauditas, as medidas são apenas cosméticas, e o caráter patriarcal da Árabia Saudita continua em vigor.
O jornal Financial Times conversou com ativistas sauditas. Para elas, a medida é simbólica, dado o limitado poder da Shura, mas ainda assim é importante para a luta do direito das mulheres.
“O Conselho Shura tem fins cosméticos, mas é muito importante incluir mulheres no debate público”, disse Hala al-Dosary, uma colunista feminista. “Para ativistas, o conselho se tornará mais acessível, porque será socialmente aceito negociar com mulheres”.
Ao todo, 30 mulheres irão integrar o Conselho Shura, formado por 150 pessoas. O conselho não tem a competência de aprovar leis – poder concedido apenas ao rei – mas pode sugerir projetos de lei para o rei. Apesar do avanço, a Shura continuará mantendo a interpretação estrita da lei islâmica. Com isso, mulheres deverão entrar no prédio do conselho por uma porta diferente da usada pelos homens, e só poderão comparecer completamente cobertas com o véu

EDIFICIO SHARD SERÁ MAIS CUMPRIDO DA EUROPA

Shard terá 310 metros de comprimento e 72 andares

Para os defensores, é um toque de modernidade numa metrópole que soube crescer sem destruir sua história. Para os críticos, um monumento ao mau gosto arquitetônico que vai deixar o centro de Londres com ares de Dubai.

Depois de uma longa polêmica até a liberação da obra, a capital britânica ganhará no dia 1º um novo ponto turístico às margens do Tâmisa: o topo do Shard, o prédio mais alto da União Europeia, com 310 metros e 72 andares.

O edifício foi inaugurado parcialmente em julho de 2012, mas só agora abrirá a cobertura com vista de 360 graus para toda a capital britânica. O lugar promete virar passagem obrigatória para visitantes e moradores que não sofrem de medo de altura.

Bancado com petrodólares da monarquia árabe do Qatar, o Shard (caco, em inglês) é uma gigantesca pirâmide de vidro com topo irregular, que lembra uma garrafa quebrada em briga de botequim.

O resultado faz jus à classificação de arranha-céu: as pontas afiadas parecem furar as nuvens, quando o "fog" londrino não as encobre.

O arquiteto italiano Renzo Piano, que projetou o centro Georges Pompidou, em Paris, disse ter se inspirado nas formas de um mastro de navio.

Não convenceu especialistas em patrimônio da Unesco, que viram risco ao entorno de bens tombados. A entidade English Heritage comparou o prédio a um espinho cravado no coração histórico de Londres e tentou barrá-lo na Justiça, mas foi derrotada.

Gostando-se ou não da arquitetura, o topo do Shard oferece uma vista inigualável de Londres. Sua altura é mais de duas vezes superior à da roda-gigante London Eye.

Depois de dois lances de elevadores, o visitante chega ao 68º andar, onde a vista se descortina pela primeira vez através de paredes de vidro. De lá, o Big Ben e os ônibus de dois andares parecem suas próprias miniaturas vendidas em lojas de souvenir.

Doze telescópios digitais ajudam a identificar os marcos da cidade, dos prédios históricos do outro lado do rio a pontos mais distantes, como o Parque Olímpico.

Quatro andares acima, a vista reaparece sem a blindagem total dos vidros, permitindo sentir o vento e os ruídos da metrópole lá embaixo.

O passeio custará 24,95 libras (cerca de R$ 80), e o turista vai precisar de sorte. Numa cidade famosa pelo mau tempo, quem subir com chuva não terá garantia de reembolso. Os organizadores dizem que a visão só ficará completamente comprometida cinco dias por ano.

Reforma de regras de sucessão ao trono britânico gera preocupações





O filho do príncipe William e de sua esposa, Katherine, ainda não nasceu, mas as novas regras de sucessão que serão aplicadas a este futuro herdeiro (ou herdeira) do trono suscitam certa preocupação entre o 'establishment' britânico.
O príncipe Charles expressou nesta semana suas inquietudes, compartilhadas pela hierarquia eclesiástica e membros da Câmara dos Lordes, sobre as consequências da nova legislação para a monarquia e para a Igreja Anglicana.
Segundo a reforma que o Parlamento deve aprovar no dia 22 de janeiro, o primogênito dos duques de Cambridge, independentemente de seu sexo, será o herdeiro direto de seu pai. De acordo com a norma ainda vigente, uma menina deve dar seu posto a filhos homens e só poderá reinar se não tiver nenhum irmão, como Elizabeth II.
Com a mesma vontade de igualdade, a rainha anunciou recentemente que todos os filhos do casal receberão o título de príncipe ou princesa, e não apenas o primogênito homem.
A mudança dessas regras seculares sobre a sucessão foi adotada pelos dirigentes da Comunidade Britânica de Nações em outubro de 2011, bem antes do anúncio da gravidez de Kate, em dezembro do ano passado.
Contudo, muitos ainda estão receosos com a aproximação da votação no Parlamento sobre essa reforma, que conta com um forte apoio popular e dos principais partidos.
A principal preocupação gira em torno da possibilidade, prevista na reforma, de que um herdeiro da coroa se case com um católico.
Por ora, os sucessores que se casam com católicos devem renunciar a seus direitos ao trono. A proibição remonta a 1701, e não havia nenhuma regra prevista para as outras religiões, como o judaísmo ou o islamismo.
O problema está na possibilidade que a mudança traz para que uma criança criada no catolicismo ascenda ao trono. Isso ainda é proibido, porque o monarca é o "governador supremo" da Igreja Anglicana e "defensor da fé".
Amigos do príncipe Charles indicaram ao Daily Mail nesta semana que o herdeiro do trono e pai de William temia que o governo não tivesse considerado todas as implicações dessa nova legislação e seus efeitos sobre as relações entre o Estado e a igreja oficial.
O primeiro-ministro, David Cameron, negou que haja algum problema, garantindo na quarta-feira aos deputados que a mudança foi "regulamentada e endossada" em "estreita relação" com o palácio de Buckingham.
Contudo, o príncipe Charles não é o único preocupado. Um antigo arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, também alertou sobre as "propostas que podem alterar o delicado equilíbrio constitucional".
Os membros da Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento, questionaram nesta semana o vice-primeiro ministro Nick Clegg sobre a pressa do governo em adotar a reforma com um único dia de debate sobre o tema.
Lord Peter Goldsmith, ex-assessor legal do governo trabalhista de Tony Blair, destacou que mudar leis seculares é uma "decisão transcendental" e considerou "preocupante" tal urgência.
"Se o tema do (papel do monarca como) defensor da fé é questionado, isso leva à pergunta se a Igreja Anglicana deve ser privada de seu estatuto oficial", alertou um de seus colegas conservadores, Lord Ian Lang.