Na audiência como Bispo do Funchal, no Paço Episcopal,
estiveram nomeadamente representantes da causa imperial e da Igreja austríacas,
e D. Duarte de Bragança, entre outros. A comitiva oficial integrou um grupo de
peregrinos que se deslocou ao Funchal para prestar homenagem ao Imperador e
beato Carlos de Áustria, falecido entre nós há 90 anos (a 1 de Abril de 1922),
e que se encontra sepultado na igreja de Nossa Senhora do Monte.
A
propósito deste aniversário, D. António Carrilho manifestou em mensagem
escrita, de saudação à família imperial austríaca e aos devotos e amigos do Imperador,
a «maior solidariedade por esta presença tão significativa e de grande valor
eclesial». Tendo ainda considerado que: «Os testemunhos de santidade do Beato
Carlos de Áustria e de sua esposa, a Imperatriz Zita, cuja Causa de
Beatificação já se encontra introduzida, constituem, sem dúvida, uma referência
de vida cristã pessoal e modelo de família exemplar, força inspiradora para as
nossas famílias.»
«São
testemunhos importantes em todos os tempos e, em particular, para a Diocese do Funchal,
no presente contexto do Grande Jubileu dos 500 anos da sua criação
(1514-2014)», acrescentou D. António no citado texto que escreveu no âmbito do
90.º aniversário do Imperador/beato Carlos de Áustria, falecido entre nós aos 35
anos de idade. VL
In Jornal da Madeira.pt- 02-04-2012
(Os participantes nesta peregrinação foram, na véspera,
recebidos pelo Presidente da Câmara do Funchal, Dr Miguel de Albuquerque
e visitaram alguns dos locais mais emblemáticos da Madeira, acompanhados
pelo Presidente da Real Associação da Madeira, Arq. João Paredes.
Omomento mais marcante foi no entanto a
Missa de Domingo de ramos ,celebrada na Igreja do Monte, onde se
encontrao túmulo do Imperador Carlosda Áustria e Rei da
Hungria.Participaram mais de uma centena de membros da sua Família
e numerosos peregrinos. A Guarda de Honra ao túmulo foi prestadapor
membros da Guarda dos Panteões Reais e pela Guarda Tirolesa.
O "Santo Imperador", como é
conhecido popularmente, morreu numa casa próxima,a 1 de Abril
de 1922, acompanhado pelos seus sete filhos menores e pela sua Mulher, nascida
Zita de Bourbon-Parma. A Imperatriz Zita era neta do Rei Dom Miguel I de
Portugal, sendo por isso prima direita de SAR o Senhor Dom Duarte Nuno de
Bragança, pai do actual Duque de Bragança.
As virtudes heróicas da sua vida ao lado do
marido e a santidade nos anos em que viveu como religiosa levaram a abertura de
um Processo de Beatificação.
Durante os dois anos que viveu exilado na Madeira o
Imperador e sua Família foram vítimas da perseguição pelo governo
radical da primeira república portuguesa. O governo inglês,
responsável pelo exilo, impedia o envio de fundos à Família.
Foram
socorridos por madeirenses que
ofereciam alimentos, especialmente por uma família que
emprestou uma casa de férias no Monte quando já não podiam pagar o
aluguer da
casa no Funchal. O Imperador ofereceu todos os sacrifícios a Deus
pedindo-Lhe a
reconciliação dos Povos do seu Império. Finalmente chegou a hora dessa
reconciliação, após a queda do regime comunista que subjugou essas
nações. Mas a
queda da Monarquia Austro-húngara custou quase um século de sofrimentos
inúteis aos seus Povos !)
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