Os
abusos terão sido cometidos em orfanatos e centros de acolhimento de
deficientes mentais geridos pela Ordem de São João de Deus em Victoria,
de acordo com o grupo de comunicação Fairfax, que cita uma investigação
do Parlamento daquele Estado australiano realizada por um grupo de apoio
a vítimas de abusos sexuais por religiosos, o Broken Rites.
De
acordo com o líder da investigação, Wayne Chamley, as vítimas tinham
entre sete e 15 anos e dois órfãos foram mortos na década de 60 por
membros da mesma ordem, um ao ser empurrado para umas escadas e outro
que foi encontrado morto na sua cama.
A
mesma investigação revela que as vítimas sofreram violações em grupo,
espancamentos se resistiam ou se se defendiam e eram drogadas pelos
autores dos abusos, tendo, pelo menos, sete das vítimas se suicidado já
em idade adulta.
A maioria dos alegados
pedófilos já morreram, mas, segundo o grupo Fairfax, pelo menos três
deixaram a ordem religiosa em causa, encontrando-se, no entanto, em
funções que lhes permite ter contacto com menores.
Apesar
de estes casos terem sido investigados pela polícia australiana, as
alegadas vítimas que foram entrevistadas pelo Broken Rites garantiram
que os seus alegados agressores nunca foram alvo de acusações.
Em
2002, a Ordem de São João de Deus, que opera em Espanha e em vários
países da América Latina, pagou 3,7 milhões de dólares (2,9 milhões de
euros) a 24 pessoas que alegadamente sofreram abusos sexuais por parte
dos seus membros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário