sábado, 28 de fevereiro de 2015

Obama chama Dalai Lama de "amigo" e o cumprimenta à distância

 

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Convidado a falar para uma plateia de três mil pessoas reunidas no tradicional evento religioso anual que acontece na capital americana, Barack Obama se referiu carinhosamente a Dalai Lama em seu discurso de boas-vindas.
"Eu quero acolher particularmente um bom amigo", declarou o democrata. Para Obama, o Dalai Lama "é um exemplo poderoso do que significa a compaixão, ele é uma fonte de inspiração que nos motiva a falar em favor da liberdade e da dignidade de todos os seres humanos". E completou: "Estamos felizes que ele esteja entre nós". Obama lembrou também já ter recebido várias vezes o líder espiritual dos tibetanos na Casa Branca, residência oficial da presidência americana.
Depois de ter sido anunciado, Dalai Lama juntou suas duas mãos e saudou o público na sala de conferências. Barack Obama, instalado em uma plataforma ao lado de sua esposa Michelle e de outros palestrantes, responderam com o mesmo gesto.
Sem "encontro específico"
O luga reservado ao Dalai Lama foi em uma mesa redonda na frente do palco, em companhia de Valerie Jarret, um conselheira próxima de Obama. Tradicionalmente, o presidente americano cumprimenta os líderes religiosos presentes no evento. Mas a Casa Branca teve o cuidado de evitar um "encontro específico" entre os dois Prêmios Nobel da Paz, embora não esteja excluído um "breve encontro".

 
Sem surpresa, a China, que faz questão de alertar para qualquer tipo de ingerência em "assuntos internos" do país, não demorou a reagir. "Nós somos contra todo tipo de encontro,  entre um líder estrangeiro e o Dalai Lama", declarou Hong Lei, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores. O diplomata disse que Washington deveria "agir sobre a questão como se deve, levando em consideração os interesses das relações bilaterais" entre a China e os Estados Unidos.

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