O
rei Juan Carlos I da Espanha recorreu do pedido de reconhecimento de
paternidade feito por uma mulher que garante ser sua filha - informou
neste sábado uma fonte judicial.
Os advogados do rei apresentaram
um recurso para eludir o primeiro julgamento enfrentado por Juan Carlos
I, de 77 anos, desde que perdeu sua imunidade jurídica ao abdicar do
trono, em junho de 2014. No mês passado, o Supremo Tribunal espanhol admitiu o trâmite da demanda de Ingrid Sartiau, uma dona de casa belga de 48 anos.
"Dom Juan Carlos apresentou um recurso contra a admissão de trâmite do pedido de paternidade", garantiu uma fonte judicial à AFP.
Sartiau
"recorreu, por sua parte, ao auto de admissão de trâmite porque não
recebeu resposta ao que solicitava como prova antecipada, que era o
teste de DNA", agregou a fonte.
Os advogados de ambas partes e a
promotoria devem estudar os recursos antes que sejam levados ao
tribunal, que tomará uma decisão sobre o assunto nas próximas semanas. Ingrid Sartiau sustenta que é fruto da breve relação entre sua mãe e o então príncipe Juan Carlos no final de 1965, 10 anos antes de sua ascensão ao trono. Juan Carlos se casou com a rainha Sofia em 1962.
O monarca se tornou chefe de Estado em 1975, após a morte do ditador Francisco Franco, e reinou durante 39 anos.
Em
junho de 2014, abdicou em favor de seu filho Felipe VI, 46, com a
esperança de melhorar a imagem da monarquia, muito deteriorada por uma
série de escândalos. O maior de todos eles é a acusação de fraude contra
sua filha Cristina, de 49 anos, envolvida num escândalo de corrupção
protagonizado por seu marido, Iñaki Urdangarin.
Juan Carlos também
foi alvo de críticas em 2012, após viajar para Botsuana para caçar
elefantes, enquanto o país estava afundado numa profunda crise
econômica. O rei foi a público pedir desculpas pelo ocorrido.
O
palácio da Zarzuela se negou neste sábado a fazer qualquer comentário
sobre o recurso apresentado pelo rei, por se tratar de um assunto
privado.
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