O antigo rei Miguel I da Roménia voltou a dirigir-se ao Parlamento, mais de 60 anos depois do último discurso.
Ao assinalar o 90º aniversário, o rei apelou à classe política do país para restaurar a “dignidade e o respeito” da nação no palco internacional.
Criticou ainda o papel central das instituições do Estado, bem como a personalização do poder na Roménia.
Mas a presença e as palavras de Miguel I reavivaram tensões do passado.
O presidente Traian Basescu disse que o fato do rei ter abdicado do trono foi um “ato de traição”, chamando-o de “servo da Rússia”. Motivo pelo qual a cadeira de Basescu esteve vazia durante a sessão.
Miguel I é um dos últimos chefes de Estado da Segunda Guerra Mundial ainda vivos. Em dezembro de 1947, os comunistas anunciaram a abolição da monarquia e o rei acabou por deixar o país.
No exílio viveu primeiro na Grã-Bretanha e depois na Suíça. Durante o regime comunista, perdeu a cidadania romena e adquiriu cidadania suíça.
Em 1992, três anos após a queda do regime de Nicolae Ceausescu, Miguel foi autorizado a voltar à Roménia. Em 1997 teve a cidadania romena restabelecida.
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