sábado, 4 de agosto de 2012

Resolver disputas territoriais no Mar da China



A secretaria de Estado americana e o ministro chinês dos estrangeiros reuniram no Camboja para debater a melhor forma de resolver disputas territoriais no sul do Mar da China.
A China afirma-se preparada para conversações sobre um código de conduta para resolver as reivindicações.
Funcionários norte americanos indicaram que os dois responsáveis debateram o conflito na Síria, e questões internacionais sobre os programas nucleares no Irão e na Coreia do Norte.
As conversações à margem do encontro da Associação das Nações do Sudeste Asiático – ASEAN – foram dominadas pelas disputas territoriais no sul do Mar da China.
A China, o Vietname, o Brunei, a Malásia e as Filipinas reivindicam partes das mesmas águas. Os ministros dos estrangeiros da ASEAN tentam desenvolver um código de conduta para reger o comportamento resultante do impasse.
Fontes dos Estados Unidos indicaram que o ministro dos estrangeiros chinês deu à secretaria Clinton uma indicação directa de que Pequim aceita aderir, no futuro, ao diálogo sobre o código de conduta.
Tal pode acontecer já por altura da cimeira da ASEAN em Novembro.
No início do encontro, a secretaria Clinton sublinhou a importância da cooperação Sino-americana com os membros da ASEAN
“Trata-se de um sinal importante que os Estados Unidos e a China podem, e desejam, trabalhar juntos na Ásia”.
O ministro dos estrangeiros chinês referiu que as duas nações estão construir uma parceria de cooperação baseada no respeito e no benefício mútuo.
O ministro indicou que a parceria assinala a forma como vão avançar os laços chino-americanos agora, e no futuro, enquanto Pequim e Washington continuam a alargar a base comum, a respeitarem-se um ao outro, e resolver as diferenças e as questões sensíveis.
Na antecipação do encontro desta semana da ASEAN, os analistas previam que as tensões no sul do Mar da China iriam constituir a maior parte das discussões. A disputa coloca quatro nações da ASEAN a reivindicar território contra a China, que por seu lado reclama a maior parte daquela área.
No entanto, outra controvérsia emergiu para lá das fronteiras da ASEAN.
O Japão anunciou ter apresentado um protesto formal contra a China, após embarcações chinesas se terem aproximado das ilhas de Senkaku, um grupo de ilhas remotas reivindicadas pelos dois países.
Tanto o Japão como a China são parceiros no diálogo, entre as nações que não pertencem à ASEAN.
A embaixada chinesa em Phnom Penh confirmou que o ministro chinês dos estrangeiros se tinha encontrado com o seu homólogo japonês e que as duas nações tinham indicado que a disputa sobre aquelas ilhas não vai ensombrar o relacionamento mútuo.

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