sábado, 14 de setembro de 2013

Tribunal ONU pressiona Camboja a pagar salários em atraso

 
A ONU pressionou hoje o Camboja a pagar os salários em atraso dos funcionários do Tribunal para os Khmers Vermelhos, cuja maioria está em greve por não receber ordenados desde junho.

"Apelamos ao Governo para cumprir imediatamente a obrigação de pagar os salários dos funcionários locais para que a greve possa terminar", declarou à agência noticiosa francesa AFP Lars Olsen, porta-voz da ONU.
As autoridades do Camboja afirmaram "não ter orçamento disponível" para o tribunal.
"O Camboja é um país pobre, devemos investir o nosso orçamento em outros setores", garantiu à AFP Ek Tha, porta-voz do Governo.
Cerca de 200 funcionários cambojanos do Tribunal para os Khmers Vermelhos iniciaram uma greve no domingo, paralisando o funcionamento da instância judiciária.
Os 250 colaboradores cambojanos do tribunal, incluindo juízes e procuradores, mas também tradutores, intérpretes e motoristas, não recebem salários desde junho, devido a problemas financeiros apesar do apelo urgente do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aos investidores, considerando que a sobrevivência do tribunal está em questão.
O tribunal, financiado essencialmente pelo Japão, União Europeia e Austrália, precisa urgentemente de cerca de três milhões de dólares para cobrir os custos de exploração, até final do ano.
Esta não é a primeira vez que o tribunal, criado em 2006 para julgar os responsáveis dos crimes cometidos pelo regime dos Khmers Vermelhos - responsável por perto de dois milhões de mortos no final da década de 1970 - tem falta de dinheiro.
Em março, os funcionários cambojanos do tribunal já tinham feito uma greve, paralisando as audiências durante duas semanas.

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