O dalai lama instou a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi a fazer mais para ajudar a minoria muçulmana rohingya, perseguida na Birmânia, numa altura em que se agrava a crise migratória regional.
Apesar dos milhares de rohingyas que têm fugido em barcos para o sudeste asiático para escapar à pobreza e discriminação na Birmânia, um país de maioria budista, Suu Kyi, líder da oposição, ainda não se pronunciou.
Observadores têm atribuído o silêncio de Aung San Suu Kyi à proximidade das eleições legislativas, previstas para o final do ano.
O líder espiritual budista defende que Suu Kyi deve falar, sublinhado que já lhe dirigiu este apelo pessoalmente duas vezes desde 2012, quando violência sectária no estado de Rakhine eclodiu entre rohingyas e budistas.
"É muito triste. No caso birmanês, espero que Aung San Suu Kyi, como laureada Nobel, possa fazer alguma coisa", disse ao jornal The Australian.
"Encontrei-a duas vezes, primeiro em Londres e depois na República Checa. Mencionei este problema e ela disse-me que encontrou dificuldades, que as coisas não eram simples, mas complicadas. Mas, apesar disso, sinto que ela pode fazer alguma coisa", afirmou.
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