O julgamento do "caso Noos", escândalo de corrupção no qual será julgada uma das irmãs do rei Felipe VI, um duro golpe na monarquia espanhola, começará no dia 11 de janeiro, anunciou nesta terça-feira a justiça do país.
"O número de sessões do julgamento ainda será determinado", afirmou o tribunal em um comunicado.
Cristina Federica Victoria Antonia de la Santísima Trinidad de Borbón y Grecia, de 50 anos, acusada de fraude fiscal, será julgada junto com outras 17 pessoas, incluindo seu marido Iñaki Urdangarin.
Cristina é acusada de sonegação por não declarar dinheiro que teria sido desviado por seu marido. Urdangarin, de 47 anos, medalhista olímpico de handebol que se tornou empresário, é suspeito de fazer uso de sua posição na família real para obter contratos públicos por meio de uma ONG, o Instituto Noos, do qual era presidente.
A justiça considera que os contratos foram superfaturados e que Urdangarin e um sócio desviaram 6,1 milhões de euros (6,8 milhões de dólares), em parte para uma empresa fantasma, a Aizoon, propriedade da irmã e do cunhado do rei.
Urdangarin será julgado por desvio de dinheiro, crime fiscal, tráfico de influências, fraude e lavagem de dinheiro. A promotoria pede uma pena de 19 anos e seis meses de prisão.
O rei Felipe VI em seu discurso de proclamação prometeu uma "monarquia íntegra, honesta e transparente" e desde sua chegada ao trono impôs novas medidas como um código de conduta aos membros da casa real.
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