O
parlamento tailandês nomeado pela junta militar aprovou nesta
sexta-feira o impeachment durante cinco anos da ex-primeira-ministra
Yingluck Shiwantra.
A medida foi aprovada com 190 votos a favor, 18 contra e 8 abstenções.
Antes, o ministério Público anunciou que Shinawatra será indiciada por corrupção, crime que prevê pena de até dez anos de detenção.
"O Ministério Público estudou os testemunhos e provas submetidos à Comissão Anticorrupção. Estamos de acordo em que o caso permite processar Yingluck", disse o procurador Surasak Threerattrakul à imprensa.
"A democracia morreu hoje na Tailândia, assim como o respeito às leis", declarou Yingluck em um comunicado, onde denuncia as sanções como uma "ferramenta para me destruir".
O anúncio aconteceu no mesmo dia em que a Assembleia Nacional, composta por membros nomeados pela junta que deu o golpe de estado em maio de 2014 contra o Governo de Yingluck, decidiu a proibição de sua atuação na vida política durante cinco anos.
Yingluck declarou na véspera, diante da Assembleia, sua inocência e disse que o impeachment não se funda em nenhum texto da lei já que a junta revogou a Constituição.
"É uma provocação para fazer os Camisas Vermelhas saírem às ruas" declarou, por sua vez, Khatuporn Prompan, presidente do movimento de apoio a Shinawatra em declarações à rede Peace TV pouco depois do anúncio da Assembleia.
Ele, contudo, pediu a seus partidários que permaneçam em casa e esperem o momento oportuno para protestar. A junta militar já advertiu que, em virtude da lei marcial, impedirá qualquer tipo de manifestação.
A Comissão Anticorrupção, ligada aos militares, acusa Yingluck de negligência no quadro de um programa de subsídio aos produtores de arroz que leva o Governo a comprar arroz 50% mais caro que o preço do mercado.
Yingluck, de 47 anos, é irmã do ex-dirigente multimilionário Thaksin Shinawatra.
A ex-primeira-ministra chegou ao poder em 2011 após a vitória de seu partido nas eleições legislativas.
Após as tentativas de reconciliação neste país profundamente dividido, os opositores de Yingluck sempre a consideraram uma marionete de seu irmão, um inimigo das elites do país.
A junta tailandesa é acusada de pretender eliminar o influente clã Shinawatra da vida política e, segundo os analistas, a proibição da vida política e a acusação de Yingluck fazem parte do processo.
A Tailândia, profundamente divida entre seguidores e adversários dos Shinawatra, vive uma crise política recorrente desde o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin Shinawatra, que se exilou para evitar a prisão.
Os partidos pro-Taksin ganham todas as eleições legislativas há mais de 10 anos, apoiados sobretudo pelos produtores de arroz do norte e nordeste do país, mas as elites tradicionais acusam há anos a família Shinawatra de corrupção.
A medida foi aprovada com 190 votos a favor, 18 contra e 8 abstenções.
Antes, o ministério Público anunciou que Shinawatra será indiciada por corrupção, crime que prevê pena de até dez anos de detenção.
"O Ministério Público estudou os testemunhos e provas submetidos à Comissão Anticorrupção. Estamos de acordo em que o caso permite processar Yingluck", disse o procurador Surasak Threerattrakul à imprensa.
"A democracia morreu hoje na Tailândia, assim como o respeito às leis", declarou Yingluck em um comunicado, onde denuncia as sanções como uma "ferramenta para me destruir".
O anúncio aconteceu no mesmo dia em que a Assembleia Nacional, composta por membros nomeados pela junta que deu o golpe de estado em maio de 2014 contra o Governo de Yingluck, decidiu a proibição de sua atuação na vida política durante cinco anos.
Yingluck declarou na véspera, diante da Assembleia, sua inocência e disse que o impeachment não se funda em nenhum texto da lei já que a junta revogou a Constituição.
"É uma provocação para fazer os Camisas Vermelhas saírem às ruas" declarou, por sua vez, Khatuporn Prompan, presidente do movimento de apoio a Shinawatra em declarações à rede Peace TV pouco depois do anúncio da Assembleia.
Ele, contudo, pediu a seus partidários que permaneçam em casa e esperem o momento oportuno para protestar. A junta militar já advertiu que, em virtude da lei marcial, impedirá qualquer tipo de manifestação.
A Comissão Anticorrupção, ligada aos militares, acusa Yingluck de negligência no quadro de um programa de subsídio aos produtores de arroz que leva o Governo a comprar arroz 50% mais caro que o preço do mercado.
Yingluck, de 47 anos, é irmã do ex-dirigente multimilionário Thaksin Shinawatra.
A ex-primeira-ministra chegou ao poder em 2011 após a vitória de seu partido nas eleições legislativas.
Após as tentativas de reconciliação neste país profundamente dividido, os opositores de Yingluck sempre a consideraram uma marionete de seu irmão, um inimigo das elites do país.
A junta tailandesa é acusada de pretender eliminar o influente clã Shinawatra da vida política e, segundo os analistas, a proibição da vida política e a acusação de Yingluck fazem parte do processo.
A Tailândia, profundamente divida entre seguidores e adversários dos Shinawatra, vive uma crise política recorrente desde o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin Shinawatra, que se exilou para evitar a prisão.
Os partidos pro-Taksin ganham todas as eleições legislativas há mais de 10 anos, apoiados sobretudo pelos produtores de arroz do norte e nordeste do país, mas as elites tradicionais acusam há anos a família Shinawatra de corrupção.
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