sexta-feira, 2 de março de 2012

DELICADA SITUAÇÃO DA INFATA CRSITINA PERANTE O ESCÂNDALO DE SEU MARIDO

Foi um casamento de conto de fadas: Iñaki Urdangarin entrou para a Família Real quando se casou com a Infanta Cristina, em Barcelona, filha mais nova do Rei Don Juan Carlos, sétima na linha de sucessão.
Foi em 1997. Tornou-se Duque de Palma. Ninguém podia imaginar que uns anos depois ele estaria no centro do furacão, de um escândalo que está abalar a monarquia em Espanha.

Urdangarin era um jogador profissional de andebol que ganhou medalhas olímpicas para Espanha. Retirou-se no ano 2000 e estudou adminsitração de empresas. Fez depois um mestrado numa prestigiada escola de negócios catalã.

Urdangarin fundou e co-dirigiu, entre 2004 e 2006, o Instituto Nóos, uma organização não lucrativa, que tinha o mesmo nome da própria consultadoria Noos, empresa lucrativa do Duque de Palma.
Os investigadores descobriram um “buraco negro” nas contas do Instituto, relativos à organização de eventos desportivos e turísticos para os governos regionais das baleares e Valência.

No ano passado soube-se que o Rei, em 2006, aconselhou o Duque a abandonar os negócios em Espanha.

O Duque deixou o Instituto Nóos e foi nomeado Conselheiro da Telefónica Internacional. Em 2009 foi transferido para Washington, para onde levou a família, como delegado da Telefónica na América Latina e nos Estados Unidos.

As aparições públicas passaram a ser mais raras, até que no dia 12 de dezembro de 2011 a Casa Real divulgou que o Duque de Palma deixava de participar em atividades oficiais por comportamento “não exemplar”

Pouco depois, no dia 29, foi divulgada a investigação em curso das irregularidades do Instituto Nóos.

O genro favorito do Rei, atualmente com 44 anos, é suspeito de envolvimento numa fraude com fundos públicos, corrupção e evasão aos impostos.

O caso tomou proporções públicas e mediáticas nunca vistas, com o aproveitamento político consequente que questiona os fundamentos da Monarquia.

Dom Juan Carlos pronunciou-se:
“- Felizmente, vivemos num estado de direito e qualquer ato censurável deverá ser julgado e sancionado de acordo com a lei. A justiça é igual para todos”.

O Rei não podia ser mais claro nem mais duro, mas mesmo assim, foi criticado.

Na sequência deste escândalo, foram publicados em dezembro, pela primeira vez, desde 1979, os detalhes sobre os salários da Casa do Rei.

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