quinta-feira, 1 de março de 2012

ONU PEDE CALMA AO GOVERNO DO BAHREIN

A Organização das Nações Unidas pediu hoje ao Governo do Barein a máxima contenção devido aos enfrentamentos dos últimos dias entre forças oficiais e manifestantes que reivindicam demandas populares.

A advertência foi feita pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, em um comunicado divulgado pelo porta-voz oficial adjunto da organização mundial, Eduardo del Buey.

Ban expressou sua preocupação pelos confrontos registrados entre as forças de segurança e os participantes nas recentes demonstrações nesse Estado árabe.

Nesse sentido, chamou as autoridades a atuarem de acordo com suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos.

Além disso, defendeu o início de um diálogo integrador dirigido a satisfazer as legítimas aspirações da população, como único caminho para a paz e a estabilidade do país.

Ao mesmo tempo o Secretário Geral demandou ao governo que ponha em prática as recomendações feitas em novembro passado por uma comissão investigadora independente, presidida pelo jurista egípcio Cherif Bassiouni.

Essa investigação determinou que as autoridades aplicaram força excessiva contra as demonstrações de fevereiro e março de 2011, com saldo de 35 civis mortos, e denunciou atos de tortura, julgamentos ilegais e a obtenção de confissões sob coação.

Pouco depois, uma equipe do Conselho de Direitos Humanos da ONU visitou o Barein e constatou a existência de uma profunda desconfiança para o governo, segundo informou a Alta Comissionada nesse assunto, Navi Pillay.

De acordo com notas da imprensa, mais de 10 mil pessoas mobilizaram-se ontem em Manama para protestar contra a monarquia absoluta da família Al-Khalifa, liderada pela minoritária população sunita do reino.

Além disso, reiteraram as demandas de reformas democráticas e acusaram o governo e o próprio monarca de não cumprir as promessas de mudanças, abertura e punição aos responsáveis pela repressão de 2011.

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