quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

XIITS REPRIMIDOS NO BAHREIN NOVAMENTE

Opositores bareinitas denunciaram hoje a repressão policial contra xiitas no povoado de Aali, três dias depois de um relatório independente acusar à dinastia Al-Khalifa de emprego excessivo da força contra manifestantes.

Os ativistas de diferentes grupos políticos organizaram marchas na sexta-feira e preveem repeti-las neste sábado para desafiar os obstáculos interpostos pelas autoridades desta ilha do Golfo Pérsico governada pelo rei Hamad bin Isa Al Khalifa.

Foram registradas concentrações em massa em Aali durante o enterro de um homem morto supostamente por agressões das forças de segurança quando participava em manifestações anti-governamentais.

Na quinta-feira, as tropas do Bahrein abriram fogo contra milhares de pessoas que foram ao funeral, ignorando as críticas e recomendações feitas no dia anterior por um painel de pesquisadores independentes encabeçado pelo jurista egípcio Cherif Bassiouni.

Além de exigir a abdicação do monarca, os inconformados repudiaram ontem a demissão de milhares de trabalhadores do setor público por seu envolvimento nas revoltas de fevereiro deste ano, severamente sufocadas um mês depois com apoio militar da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

Inicialmente, os opositores pertencentes à maioritária população xiita marchavam desde meados de fevereiro para demandar reformas políticas e um sistema de monarquia constitucional que permita eleger o primeiro-ministro, em vez de este ser escolhido pelo rei.

No entanto, a brutal repressão fez com que o movimento reivindicativo se radicalizasse e agora reclamasse a derrubada da família real Al-Khalifa, membro da minoria sunita.

O já conhecido como Informe Bassiouni concluiu que as forças policiais fizeram uso de " força excessiva", o que provocou a morte de 35 opositores e milhares de feridos neste país, que serve de base à Quinta Frota estadunidense no Golfo Pérsico.

Ademais, torturaram física e mentalmente detentos para arrancar-lhes confissões que depois usaram contra eles nos julgamentos, e praticaram detenções ilegais junto a outras violações dos direitos humanos.

Ainda que o rei tenha prometido reformar as leis e impedir a repetição do que chamou "acontecimentos dolorosos, um dia depois de seu discurso a polícia disparou gases lacrimogêneos contra os anti-governamentais em Nuwaidrat, ao sul de Manama, e na aldeia do norte, Abu Saiba.

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