terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Nova Zelândia chega a acordo com Austrália para acolhimento de refugiados

 

A Nova Zelândia vai aceitar anualmente 150 refugiados provenientes da Austrália, para aliviar a pressão sobre Camberra face à forte vaga de requerentes de asilo, anunciou hoje o primeiro-ministro, John Key.

O chefe de Governo neozelandês fez o anúncio no final das conversações que manteve com a sua homóloga australiana, Julia Gillard, cujo governo se viu a braços, ao longo do ano passado, com a chegada de mais de 17 mil requerentes de asilo, um número recorde.
"Trata-se de um problema regional que requer cooperação regional", disse John Key, acrescentando que, no passado, a Austrália também prestou ajuda à Nova Zelândia.
Julian Gillard, por seu turno, alertou que a assistência por parte da Nova Zelândia não deveria ser interpretada como uma mensagem de encorajamento para os refugiados, até porque Camberra continuará a patrulhar, de forma rigorosa, as suas águas.
"A Austrália envida muitos esforços na deteção e desmantelamento de contrabandistas, bem como no processo de acusação destes. Trata-se de um crime transnacional e temos uma postura muito rigorosa", disse.
Os 150 refugiados a serem conduzidos para a Nova Zelândia serão requerentes, cujo estatuto foi aprovado por um dos centros de tratamento de refugiados, localizados fora da Austrália, na ilha de Nauru ou em Manus na Papua Nova Guiné.
John Key indicou que farão parte da quota anual de 750 refugiados que a Nova Zelândia aceita ao abrigo do seu compromisso com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

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