domingo, 15 de dezembro de 2013

Lesotho entre os menos corruptos da Africa

  
O Botswana está na primeira posição dos 10 países africanos menos corruptos enquanto a Somália continua a ser a mais corrupta do continente, segundo o relatório de 2013 da Transparência Internacional (TI) divulgado, terça-feira (3). Moçambique perdeu um ponto, mas avançou no ranking, passando para o lugar 119.
No seu Índice de Percepção da Corrupção (IPC), a TI indica que depois do Botswana seguem Cabo Verde, as ilhas Seicheles, o Ruanda, as ilhas Maurícias, o Lesoto, a Namíbia, o Gana, São Tomé e Príncipe e a África do Sul.
Os primeiros cinco países, designadamente o Botswana (64), Cabo Verde (58), as ilhas Seicheles (54), o Rwanda (53) e as ilhas Maurícias (52) obtiveram um resultado superior a 50 numa escala de 100. As ilhas Seicheles fazem a sua entrada na classificação dos 10 países menos corruptos, no lugar da Libéria que estava nesta lista em 2012.
Na lista dos países menos cotados em África, figuram a Somália, o Sudão, o Sudão do Sul, a Líbia, a Guiné-Bissau, a Guiné Equatorial, o Tchad, a Eritreia, o Zimbabwe e o Burundi. Nenhum deles obteve um resultado superior a 21 sobre 100, tendo a Somália realizado um resultado de oito, o Sudão 11, o Sudão do Sul 14 e a Líbia 15.
Uma das maiores economias de África, a Nigéria está cotada em apenas 25 e classifica-se na 144ª posição numa lista de 177 nações. A Dinamarca, com um resultado de 91, a Nova Zelândia com 91, a Finlândia com 89, a Suécia com 89 e a Noruega com 86 são os cinco países menos corruptos do planeta, enquanto o Reino Unido e os Estados Unidos se posicionam respetivamente nos 14º e 19º lugares.
Apesar dos discursos Moçambique continua muito corrupto
O resultado 30 obtido por Moçambique (ao lado de países como a Serra Leoa, Timor Leste e a Mauritânia) confirma que o combate a corrupção é prioridade apenas nos discursos dos governantes. Numa análise as estatísticas sobre o desempenho do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), elaborada pelo Centro de Integridade Pública, pode-se observar que, anualmente, desde o ano de 2005, o número de casos que são instruídos pelo gabinete tem vindo a conhecer uma tendência crescente, o que significa maior capacidade no tratamento dos processos de corrupção.
Contudo, numa outra vertente, indicia que ainda não se atingiu o nível de reduzir a ocorrência de casos de corrupção, atendendo que não existe diminuição significativa no número de processos a serem tramitados. Os números indicam ainda que, as acções de prevenção da ocorrência de casos de corrupção levadas a cabo pelo GCCC e pelas procuradorias, não estão a surtir os efeitos que são de esperar, se atendermos que têm sido realizadas, anualmente, palestras de sensibilização ao nível de todo o país (principalmente nas instituições públicas), com vista a reduzir a ocorrência de casos de corrupção no sector público.
Ao todo, a Transparência Internacional considera que mais de dois terços dos 177 países, que figuram na lista de 2013, obtiveram um resultado inferior a 50. "O Índice de Perceção da Corrupção de 2013 demonstra que todos os países estão confrontados com a ameaça de corrupção em todos os níveis do Governo, desde a emissão de licenças locais até ao reforço das leis e das regulamentações", observou a presidente da TI, Huguette Labelle.

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