domingo, 14 de dezembro de 2014

Três oficiais da polícia tailandesa acusados de alta traição

 

 
Três chefes da polícia tailandesa, suspeitos de liderar uma rede de corrupção, foram acusados de alta traição, em um caso que representa um duro golpe para a polícia da Tailândia.
O chefe do gabinete central de investigações Pongpat Chayapun, seu adjunto Kowit Vongrongrotet e um general, chefe da polícia marítima, foram destituídos e imediatamente detidos.
Outros quatro policiais e cinco civis também foram detidos no âmbito das investigações deste caso.
No entanto, apenas os três oficiais foram acusados por crime de alta traição, passível de 15 anos de prisão.
A família real tailandesa está protegida por uma das legislações mais severas do mundo, o que explica uma forte autocensura dos meios de comunicação, incluindo os meios internacionais.
O chefe da polícia explicou em uma coletiva de imprensa que os suspeitos puderam coletar ilegalmente dinheiro com "declarações mentirosas", invocando ser representantes da monarquia.
"Os suspeitos fizeram declarações mentirosas para ganhar dinheiro dentro da instituição policial, com apostas ilegais e comércio ilegal de petróleo", declarou Somyot Poompanmoung, chefe da polícia nacional.
A polícia apreendeu em quinze esconderijos bens de um valor total de 40 milhões de dólares que incluíam presas de elefantes, móveis antigos, lingotes de ouro, obras de arte budistas e dinheiro em moeda local e estrangeira.
Desde que chegou ao poder com um golpe de Estado no dia 22 de maio, a junta militar recorre com frequência ao crime de alta traição contra autoridades, mas poucas vezes contra autoridades policiais.
"É uma surpresa que oficiais superiores tenham sido acusados e talvez seja o sinal da vontade dos militares de desmantelar a estrutura de poder da polícia",

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