terça-feira, 8 de julho de 2014

Dalai Lama pede fim de violência contra muçulmanos

 

 

Diante de milhares de seguidores reunidos neste domingo (6), em Leh, no norte da Índia, para comemorar seu 79° aniversário, o Dalai Lama fez um apelo para que budistas de Miamar e do Sri Lanka parem com a onda de violência contra os muçulmanos. Entre os presentes na multidão, estava o ator americano Richard Gere.

O líder tibetano declarou que a violência nesses dois países de maioria budista em relação aos muçulmanos é “inaceitável”. “Buda pregava o amor e a compaixão; se Buda estivesse aqui, ele protegeria os muçulmanos que estão sendo atacados por budistas”, declarou o Dalai Lama, que se exilou na Índia em 1959, após uma frustrada rebelião contra o domínio chinês.
A violência intercomunitária em Miamar tem ofuscado as elogiadas reformas políticas que acontecem no país. Desde 2012, atos de violência contra a minoria muçulmana deixaram pelo menos 250 vítimas fatais. No mês passado, no Sri Lanka, quatro pessoas foram mortas e centenas de lojas e casas foram destruídas na pior onda de violência religiosa nas últimas décadas.
Continuidade
Há dois anos, o Prêmio Nobel da Paz anunciou que estava se aposentando de suas funções políticas como representante da comunidade tibetana no exílio. Uma das preocupações do líder é diminuir o próprio status para assegurar o futuro do movimento após sua morte. Mas ele continua sendo o principal elo de confluência dos tibetanos, tanto no exílio quanto localmente.
O Dalai Lama defende uma ‘autonomia significativa’ para o Tibete dentro da China. Mas Pequim acusa o líder religioso de fazer campanha pela independência do Tibete, região anexada a força pelo governo chinês sob Mao Tse-tung.

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