sábado, 19 de outubro de 2013

Mónaco: uma indústria em ascenção

 

 
No Mónaco, nem tudo é como dizia o poeta francês Charles Baudelaire: luxo, tranquilidade e prazer.
Mais de 5.000 empresas estão apinhadas. Entre elas, 111 empresas industriais criando 3 mil empregos. Produtos farmacêuticos, carros, alta tecnologia ou roupas de luxo, o principado também é um estado que produz.
Jean Castellini,Jean Castellini, Ministro das Finanças e Economia: “A própria indústria é responsável por cerca de 6 por cento do PIB, enquanto o imobiliário representa 9 por cento e os serviços financeiros rondam os 15 por cento.”
Do lado de fora, é difícil imaginar oficinas escondidas por trás destas paredes.
Anne-Marie Noir, CEO, Asepta-Akileïne: “Bem-vindos à Asepta”
Anne-Marie Noir lidera os laboratórios Asepta-Akileïne: “É um condicionador.”
Todo o processo de produção está baseado no Mónaco, em cinco andares.
Anne-Marie Noir: “A primeira restrição é que trabalhamos em andares diferentes, o que não ajuda ao processo de produção. Outra é o preço do aluguer no Mónaco.”
“Recebemos ajuda do governo, estamos num prédio que é propriedade pública, mas representa um problema para os trabalhadores, porque alugar uma casa é muito caro no Mónaco.”
Uma grande parte dos 109 funcionários vêm todas as manhãs de França e de Itália. Chegam ao Mónaco, todos os dias, cerca de 45 mil trabalhadores de todos os sectores. Mais 9 mil pessoas que a população total do principado.
Outro tipo de negócio, os mesmos problemas. O grupo Bettina é especializado em produtos de lã de luxo. Philippe Prud’homme gere cerca de 120 funcionários e fornece a Hermès e a Chanel.
Philippe Prud’Homme, CEO, Bettina: “Vão ver, uma espécie de colmeia.”
Apesar dos problemas logísticos, existe um lado positivo na localização no Mónaco.
Philippe Prud’Homme: “Não nos preocupamos em ser assaltados a cada manhã. Estamos localizados numa zona vigiada, temos tranquilidade total.”
Mas existem vantagens fiscais diretas?
Jean Castellini: “O imposto sobre as empresas não é particularmente atraente no Mónaco, já que é uma taxa francesa de 33,3%. Portanto, não há qualquer vantagem fiscal.”
Para além de uma descida na renda dos prédios, o Estado também dá financiamento para a formação e investigação.
Philippe Prud’Homme luta para a criação do rótulo “feita no Mónaco”, para que o mundo saiba que principado não é feito apenas de dinheiro.

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