sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Prêmio norueguês de direitos humanos distingue ONG do Bahrein

 

 

"Ao atribuir o prémio Rafto ao BHCR, apontamos os projetores para as violações sistemáticas dos direitos humanos numa região onde esses abusos são demasiadas vezes recebidos com silêncio pelos governos ocidentais", afirmou a fundação Rafto em comunicado.
O prémio, entregue em Bergen em novembro, é atribuído pela fundação Thorolf Rafto, militante dos direitos humanos norueguês que morreu em 1986. Os distinguidos com o prémio são frequentemente pessoas ou organizações pouco conhecidas do grande público.
Quatro antigos laureados -- José Ramos-Horta, Aung San Suu Kyi, Kim Dae-Jung e Shirin Ebadi -- foram depois distinguidos com o Nobel da Paz, também entregue na Noruega.
Sublinhando que "a `primavera árabe` levou vários países do Golfo Pérsico a recorrer à prisão de qualquer crítico do regime", o júri saudou a perseverança do BHCR na defesa da democracia e dos direitos, "apesar das ameaças e da ausência de reconhecimento por parte do Governo".
O Bahrein, um pequeno reino do Golfo Pérsico dirigido pela monarquia sunita dos Al-Khalifa e aliado dos Estados Unidos, é palco desde fevereiro de 2011 de um movimento de contestação da maioria xiita, que exige uma monarquia constitucional.
A contestação foi duramente reprimida pelas autoridades, tendo-se registado 89 mortes, segundo a Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH).
No Bahrein, um insulto ao rei ou à bandeira é punido com cinco anos de prisão, segundo a fundação.
O prémio Rafto, de 20.000 dólares, vai ser entregue a 03 de novembro em Bergen, sudoeste da Noruega.
O Nobel da Paz deve ser anunciado a 11 de outubro em Oslo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário