quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pela Escócia, líderes britânicos anunciam acordo; «O juramento»

 


David Cameron, primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Nick Clegg, vice-primeiro-ministro e líder do Partido Liberal Democrata e Ed Miliband, líder do oposicionista Partido Trabalhista, acertaram um acordo que visa reconhecer maiores poderes ao parlamento escocês, em caso de vitória do "não", que significaria uma Escócia ainda sob a soberania do governo britânico. As pesquisas apontam um empate técnico dias antes da votação que tem mexido com a política na Grã-Bretanha. 
O acordo também prevê a «divisão de recursos de maneira equilibrada» e o reconhecimento ao governo escocês sobre as decisões de financiamento do Sistema de Saúde britânico, o NHS, tema polémico em caso de independência do país. 
A decisão entre os líderes é mais uma medida usada para tentar convencer os escoceses em optar pela permanência do país sob asas britânicas.
Na segunda-feira, Cameron discursou e pediu o voto pelo "não". Disse que a Grã-Bretanha só se tornou o que é, devido à «grandeza da Escócia». Além do patriotismo, o primeiro-ministro também mandou recados temerosos aos favoráveis à independência, em caso de vitória do "sim", como a necessidade de renunciar à libra esterlina e de formar um exército próprio. 
«Deixar o Reino Unido será para sempre», declarou Cameron. 
Além dos políticos, celebridades entraram nas manifestações pela permanência da Escócia. Um deles é o ex-jogador David Beckham, que divulgou uma carta com a mensagem «O que nos une é maior do que o que nos separa.»
Entretanto, o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, chamou de «uma desesperada e vazia oferta de último minuto» o acordo entre o trio de líderes britânicos. «Essa proposta não vai dissuadir as pessoas que sabem da grande oportunidade em colocar o futuro da Escócia nas mãos da Escócia», disse Salmond.

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