domingo, 8 de janeiro de 2012

ANO DIFICIL PARA O MONARCA ESPANHOL

Os problemas começaram logo no início do ano, com duas faltas de respeito da Imprensa: primeiro foi a revista Jueves que publicou uma caricatura do monarca despido, depois uma rádio da Catalunha que meteu o rei a ridículo num programa de apanhados, pondo-o a conversar com um imitador, convencido de que estava a falar com o presidente da Generalitat, Artur Mas.

Seguiram-se os problemas de saúde. Juan Carlos foi operado a um joelho em Março, devido a fortes dores nas articulações, tendo sido depois obrigado a um longo período de recuperação que o impediu de estar presente no casamento do príncipe William de Inglaterra e na abertura do ano judicial espanhol – a primeira vez que esteve ausente em 28 anos.

Pouco depois da operação, o Palácio Real confirmou que o rei usava aparelhos auditivos em ambos os ouvidos “há algum tempo” devido a problemas de surdez. Mais tarde, em Setembro, voltou a ser operado, desta vez ao tendão de aquiles e, em Novembro, apareceu em público com um olho negro, devido a um acidente doméstico (chocou com uma porta).

Mas o golpe mais duro, que afectou bastante a imagem e o prestígio da Casa Real, foi a implicação do genro, Iñaki Urdangarin, no ‘caso Nóos’, em que é acusado de desviar milhões de euros de um instituto sem fins lucrativos a que presidiu em 2005 e 2006. O escândalo levou o monarca a afastar o genro de todos os actos oficiais e a divulgar publicamente, pela primeira vez, as contas da Família Real. Um desejo de transparência reiterado na sua mensagem de Natal, quando deixou claro que “todos são iguais perante a Lei”, o que lhe valeu aplausos de todos os sectores da sociedade.

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