terça-feira, 15 de abril de 2014

ONG Meio milhão de deslocados no Camboja por expropriação de terras

 

Pelo menos meio milhão de pessoas foram deslocadas no Camboja devido a expropriações forçadas das suas terras, promovidas pelo Estado desde o ano 2000, denunciou hoje uma organização cambojana de defesa dos direitos humanos.

Segundo a organização LICADHO, este número foi alcançado depois de 2.246 famílias terem sido forçadas a abandonar as suas propriedades devido a concessões a empresas privadas durante os primeiros dois meses de 2014.
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"Meio milhão de pessoas afetadas é um marco verdadeiramente vergonhoso", disse a porta-voz da organização não-governamental, Naly Pilorge.
Num comunicado citado pela agência noticiosa Efe, a mesma responsável acrescentou que "os sem terra ficam sem meios para obter o mínimo necessário para uma vida decente" e que "o Governo deve atuar agora para pôr fim à epidemia de expropriações",
Milhares de cambojanos são expulsos anualmente das suas propriedades, muitas vezes com violência por parte das forças de segurança, devido a concessões governamentais para o desenvolvimento de projetos urbanísticos, construção de barragens ou para plantações.
As expropriações forçadas persistem, apesar de o Governo ter aceitado, em maio de 2012, suspender a outorga de novas concessões e rever as existentes e de ter colocado em marcha, em 2013, um plano para garantir os títulos de propriedade aos residentes.
A LICADHO exige que o Governo ponha fim a estas expropriações e ofereça compensações adequadas aos afetados.

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