Durante
essa semana, as autoridades da Turquia bloquearam sites na internet.
Depois da rede social Twitter, na quinta-feira o governo bloqueou o
YouTube. O país, no entanto, não foi o único a ter a plataforma de
vídeos bloqueada. Países ocidentais (como Brasil e Alemanha) já passaram
por episódios parecidos. Outras menos livres, como Coreia do Norte e
China também.
Brasil
O
YouTube foi bloqueado por pouco tempo no Brasil. O serviço foi deixado
fora do ar depois que a apresentadora Daniella Cicarelli e o então
namorado Renato Malzoni Filho entraram na justiça pedindo que um vídeo
no qual apareciam fazendo sexo fosse tirado do ar.
O
bloqueio de todo o YouTube foi a maneira encontrada pela justiça para
tirar o vídeo de Cicarelli do ar. O site ficou fora do ar no Brasil
Turquia
A
Turquia já havia passado por um bloqueio anteriormente. De 2007 a 2010, o
acesso ao YouTube foi bloqueado diversas vezes no país. Um dos motivos
foi um vídeo insultando o líder Mustafa Kemal Atatürk, considerado o
fundador do Estado moderno turco (sua face está impressa na bandeira na
foto).
Agora, às vésperas de uma eleição no país, o governo obrigou que o serviço fosse bloqueado
Alemanha
O
bloqueio de vídeos na Alemanha vem desde 2009. A causa é uma briga entre
o YouTube e uma organização nacional de direitos autorais. Ela acusa o
YouTube de ser culpado no caso de não tirar do ar vídeos que usam
músicas como fundo sem pagar os direitos autorais.
Com isso, diversos vídeos são bloqueados no país. De acordo com uma pesquisa do site MyVideos, 61% dos 1.000 vídeos mais
Egito
No ano
passado, uma corte do Egito ordenou o bloqueio do YouTube no país por 30
dias. A corte culpou o serviço por divulgar um vídeo de um filme
chamado “A Inocência dos Muçulamanos”. Ele mostrava Maomé como um homem
mulherengo. Somente representar o profeta já é uma ofensa para os
muçulmanos. O vídeo havia sido publicado no YouTube em 2012.
Líbia
Em 2010,
o YouTube foi banido da Líbia por ter vídeos contra o governo. Na rede
também estavam outros mostrando Kaddafi e sua família em festas
luxuosas. Com a queda do ditador, em 2011, a rede voltou a funcionar
normalmente no país.
Tailândia
O
governo da Tailândia bloqueou o YouTube no país usando a lei de “crimes
contra monarquia”. A lei é usada pelo governo para preservar a imagem da
monarquia no país (na foto, o rei Bhumibol Adulyadej). Um vídeo de 44
segundos com uma foto de um membro da monarquia desfigurado estava na
rede, que foi bloqueada. Por conta disso, a rede ficou inacessível por
cinco meses em 2007.
Turcomenistão
O
Turcomenistão bloqueou o acesso ao YouTube em 2009. O governo não
forneceu nenhuma explicação oficial sobre a ação. Ao mesmo tempo, outros
sites, como o serviço LiveJournal, também entraram na lista negra do
país.
China
O acesso
ao YouTube na China é proibido. O início do bloqueio foi em 2009. Até
hoje não é permitido que cidadãos usem a rede. Qualquer outra plataforma
de vídeos é regida por regras rígidas. Todo o material de vídeo que os
usuários sobem para a internet deve ser analisado. Segundo o governo,
isso é importante para proteger internautas de material vulgar e que vá
contra a saúde dos chineses.
Coreia do Norte
O
governo da Coreia do Norte proíbe o acesso de seus cidadãos à internet. O
que eles podem acessar é uma intranet (rede local) de conteúdo, chamada
Kwangmyong. A rede interna da Coreia do Norte passou a funcionar em
2000. Entre os sites que funcionam nela, não existe o YouTube.
Irã
Depois
de protestos nas eleições presidenciais de 2009, o YouTube foi bloqueado
no Irã. O governo de Mahmoud Ahmadinejad lançou em 2012 uma alternativa
nacional, a Mehr (afeição, em farsi). A ideia é que a rede de vídeos
promova a cultura iraniana.
Paquistão
Em
episódios em 2007 e 2010, o Paquistão bloqueou o acesso ao YouTube. Nas
duas ocasiões o bloqueio foi para conter “material de blasfêmia” contra o
povo muçulmano. Em 2010, o Facebook também havia sido bloqueado dias
antes por um concurso de caricaturas do profeta Maomé.
Indonésia
Em 2008,
a Indonésia bloqueou o acesso ao YouTube por conta de um vídeo
antiislâmico. Polêmico, ele havia sido publicado por um deputado
holandês, Geert Wilders, no qual ele criticava a religião. O bloqueio
durou três dias.
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