sábado, 2 de abril de 2011

papa pede o fim da discórdia na costa do marfim

Papa Bento XVI fez hoje um "apelo insistente" para que a Costa do Marfim e sua população, "atingida por dolorosas lutas internas e graves tensões sociais e políticas", estabeleçam um diálogo para dar fim aos conflitos que atingem este país do leste da África.

Em francês, o Pontífice pediu, durante a assembleia geral desta quarta-feira, que haja empenho para iniciar ;o mais rapidamente possível um processo de diálogo construtivo para o bem comum e que "todo o esforço deve ser oferecido neste momento".

O Santo Padre também decidiu enviar um cardeal Peter Turkson Kodwo, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, para manifestar "solidariedade" pelas vítimas do conflito e "encorajar a reconciliação e a paz".

A Costa do Marfim vive atualmente um conflito interno que tem levado a um aumento no número de refugiados que saem do país por conta dos embates entre os partidários de Laurent Gbagbo, presidente que perdeu as eleições nacionais e, segundo o calendário, já deveria ter deixado o governo, e Alassane Ouattara, que reivindica ter sido eleito.

A audiência geral do Papa de hoje foi dedicada ao Santo Afonso Maria de Liguori, um santo napolitano, que segundo Joseph Ratzinger teve um papel importante na evangelização e catequese entre "os estratos mais humildes da sociedade napolitana, mesmo que estas pessoas estivessem envolvidas em vícios e atos criminosos", destacou.

"Na nossa época estão claros os sinais de perda da consciência moral e ocorre reconhecer que há falta de cuidado com o sacramento da confissão", afirmou o Pontífice. "O ensinamento de Santo Alfonso Maria dé Liguori é de grande atualidade", emendou.

O líder máximo da Igreja Católica asseverou que Santo Afonso Maria de Liguori deve ser um "modelo de atividade missionária no qual possamos nos inspirar ainda hoje para uma nova evangelização, particularmente para os mais pobres e por uma coexistência humana mais justa, fraterna e solidária".